As empresas em causa são a Yazaki Saltano, a Lear (Póvoa de Lanhoso) e a Valeo (Santo Tirso), que em 2002 empregavam 12 mil trabalhadores e presentemente apenas têm 4.500, por terem transferido, total ou parcialmente, as suas produções para a Europa de Leste.
«A isto acrescem ainda os casos de outras empresas mais pequenas que transferiram as suas produções para o Extremo Oriente, deixando os seus trabalhadores sem emprego e a sobrecarregar a Segurança Social», acrescentou aquele responsável.
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Miguel Moreira, que falava em declarações à agência Lusa no final do VI Congresso da FSTIEP, que hoje terminou no Porto, considerou que esta situação constitui a maior fonte de preocupações dos trabalhadores do sector.
«O Governo deve criar mecanismos para dificultar as deslocalizações, com as empresas a abandonar desempregados depois de terem absorvido milhões de euros nos incentivos que tiveram para aqui se instalarem», afirmou.
A outra grande preocupação dos sindicatos do sector de material eléctrico e electrónico é o bloqueio, «por parte do patronato, da negociação do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT)».
Para protestar contra este bloqueio, os sindicatos do sector das indústrias eléctricas convocaram uma greve para o próximo dia 24, entre as 10:00 e as 20:00.
«Queremos negociar os aumentos de salários para este ano, defendendo a manutenção dos empregos e a defesa dos direitos consagrados no CCT em vigor», afirmou o dirigente sindical.
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