As conclusões resultam de um estudo da consultora McKinsey.
«O país atingiu um patamar em que se arrisca a estagnar», pode ler-se no documento disponibilizado, já que os salários na indústria são demasiado elevados para concorrer com os da Ásia e da Europa de Leste e que os produtos fabricados não adicionam suficiente valor acrescentado para competir com as economias mais avançadas.
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Em 2003, Portugal teve a maior recessão da União Europeia e o crescimento este ano deve ser modesto - entre 1 e 1,25%.
A solução para essa estagnação, segundo os consultores, passa pela eliminação das barreiras à produtividade, tal como já tinha sido apresentado aquando da divulgação do relatório da McKinsey «Portugal 2010», em Setembro de 2003.
A consultora estima que até 2010 Portugal possa aumentar a produtividade para os 70% da média das economias europeias mais desenvolvidas, face aos actuais 52%.
A concretizar-se esta previsão, a riqueza per capita dos portugueses pode crescer para 82% da média das cinco maiores economias europeias, mais 12 pontos percentuais do que o nível actual.
Assim, dizem os consultores, Portugal enfrenta «um desafio que não é de forma alguma uma tarefa impossível» e cuja resolução passa pela redução da economia informal, pela melhoria da regulação dos mercados, pelo progresso dos serviços públicos e pela flexibilização do mercado de trabalho, pondo as empresas portuguesas a produzirem mais com a mesma quantidade de recursos utilizados.
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