O diário espanhol «El Mundo» diz na sua edição desta segunda-feira que o ministro da Economia português, Manuel Pinho, esteve reunido há seis dias com o presidente da Repsol e vice-presidente da Gás Natural, Antoni Brufau, para discutirem a possibilidade de fundir as duas empresas.
«A notícia está a gerar grande agitação, pelo que o Ministério está a preparar um comunicado para esclarecer o assunto», disse fonte do Ministério, sem querer adiantar mais pormenores.
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A proposta de que o «El Mundo» fala consiste numa «fusão amigável» entre a eléctrica nacional e a empresa do país vizinho. Esta seria a forma encontrada pelo Executivo português de colocar a EDP no panorama de mudança que o sector atravessa em Espanha. A fusão, a acontecer, criaria um grande grupo ibérico, avaliado em 30 mil milhões de euros.
O principal obstáculo à fusão é, de acordo com o jornal, a participação pública no capital da EDP, já que o Estado é o principal accionista da empresa liderada por António Mexia. Através da Parpública, o Estado português controla 20,49% da empresa.
Por outro lado, a operação permitiria cria sinergias significativas, já que ambas se complementam e os seus negócios encaixariam na perfeição. Outra das vantagens é que, ao negócio, poderia juntar-se a asturiana Hidrocantábrico, propriedade da EDP, e que possui uma quota de 5% no mercado eléctrico espanhol.
A «Agência Financeira» tentou obter esclarecimetos por parte da EDP mas até ao momento tal não foi possível.
As acções da EDP segguem a subir 2,63% para 3,51 euros, tendo já registado o valor mais alto dos últimos seis anos.
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