Os empresários e os gestores portugueses estão mais pessimistas com a economia. Cerca de 23 por cento dos inquiridos estão francamente pessimistas em relação à situação do país, o que representa um aumento de 10 por cento em relação ao mês de Abril, revela o estudo mensal de opinião promovido pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) junto dos seus associados.
Quanto à revisão do Código do Trabalho, empresários e gestores mostram-se, de uma maneira geral, indiferentes em relação à proposta governamental de revisão. Para 51% dos inquiridos, a iniciativa do Governo não significou nem uma surpresa nem uma desilusão embora perto de 28% consideram que esta proposta é mais liberal do que a apresentada em 2003 por Bagão Félix. Quanto ao impacto desta proposta na economia, 40,9% considera-a indiferente.
PUB
66,6% poupam para a reforma
«Se a taxa agravada de 3% sobre a contratação a prazo for aprovada, 63,8% dos associados da ACEGE vão tentar manter a sua actual política procurando, no entanto, alternativas de redução de custos», refere ainda a associação em comunicado.
Ainda de acordo com o estudo, para 47,6% a criação da figura «despedimento por inadaptação» é um passo insuficiente mas no caminho certo enquanto que, para 26,6% é considerado um factor de flexibilização do mercado laboral positivo. Para a maioria dos inquiridos, as novas possibilidades em relação à gestão do horário de trabalho vão ter um impacto positivo na produtividade.
Quanto às pensões e tipos de poupança, 66,6% dos inquiridos admitem estar a poupar para a reforma, principalmente com recurso a Plano Poupança Reforma, para a qual dispensam entre 5% a 10% dos rendimentos.
PUB