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Eólica pode representar 20% da electricidade produzida em 5 anos

A energia eólica poderá produzir cerca de 20% da electricidade em Portugal em 2010, afirmou hoje um especialista em energias renováveis, que atribuiu este sucesso à importante componente eléctrica deste tipo de energia.

António Joyce, do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) falava à margem de um seminário sobre conservação de energia promovido pela associação ambientalista Quercus e admitiu que este valor poderá ser atingido dentro de quatro anos.

O Governo tem apostado fortemente no desenvolvimento da energia eólica e prevê que o investimento, até 2010, ascenda a 3,8 mil milhões de euros, tendo anunciado recentemente um concurso para a instalação de mais 1500 megawatts (MW) de potência.

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No final de Setembro de 2005, Portugal tinha 6.114 megawatts (MW) de capacidade instalada para produção de energia eléctrica através de fontes renováveis, segundo dados da Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE).

Estatísticas relativas a 2003 indicavam que dos 37,3% de electricidade produzida a partir de fontes renováveis em Portugal, mais de três quartos tinham origem nas barragens (88,3%).

Mas a energia eólica é a que mais tem crescido: entre Dezembro de 2004 e Setembro de 2005, o contributo da energia hídrica caiu 43%, devido à seca, enquanto a eólica aumentou 72%.

Questionado sobre as razões porque a energia solar térmica tem sido pouco aproveitada, António Joyce atribuiu o fracasso à falta de visibilidade, mas considerou que a nova legislação, que prevê a obrigatoriedade do aproveitamento solar térmico (painéis) nos novos edifícios, deverá contribuir para o desenvolvimento deste sector.

«Temos indústria e potencial. O mercado está qualificado porque foi feito no âmbito do programa Água Quente Solar, um grande esforço no sentido de termos bons instaladores e bons projectistas», sublinhou.

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Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, considerou, no entanto, que o aumento da produção eléctrica a partir de fontes renováveis não vai ser suficiente devido ao crescimento do consumo.

«O consumo energético aumentou seis por cento. A aposta nas renováveis, actualmente, só está a compensar este aumento», salientou o ambientalista.

O responsável da Quercus defende «uma grande campanha pública para promover a conservação de energia» e o aumento das tarifas.

As medidas de gestão da procura, obtendo o mesmo conforto gastando menos energia, também têm de ser incentivadas, argumentou.

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