«A selecção dos locais para fazer a co-incineração foi um processo profundamente nebuloso. Afinal, nunca foram explicadas as verdadeiras razões para escolher Souselas e o Outão. Houve claramente uma decisão política», frisou José Manuel Silva num colóquio/debate sobre «Saúde e Gestão de Resíduos», no auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Ao intervirem na sessão, os representantes das cimenteiras Cimpor e Secil afirmaram que as respectivas empresas não foram contactadas pelo governo no processo de escolha das unidades de Souselas e Outão para fazer a co-incineração de resíduos industriais perigosos.
PUB
«Não fomos contactados pelo governo relativamente a este processo, que estamos convencidos que é seguro. Quando formos, na altura, tomaremos a posição que acharmos correcta», afirmou Carlos Abreu, da Secil, enquanto Teresa Murta Martins, da Cimpor, garantiu igualmente que esta cimenteira não foi auscultada pelo executivo.
Ao encerrar a iniciativa, em que desempenhou a função de moderador, José Manuel Silva manifestou perplexidade por o governo ter «imposto a co-incineração às cimenteiras sem as ouvir».
PUB