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Estratégia agressiva da Sonaecom coloca em risco receitas da PT

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A estratégia agressiva da Sonaecom em relação à Internet de banda larga por ADLS e à rede fixa pode «colocar em risco» as receitas da Portugal Telecom (PT), segundo os analistas contactados pela Agência Financeira.

A aposta forte da subsidiária de telecomunicações da Sonae que impulsionou as acções até um novo máximo desde Novembro de 2001 nos 3,58 euros. Desde o anúncio que as acções já valorizaram 3,21%.

O Clix, o provedor de Internet da Sonaecom, lançou três produtos de acesso à Internet em banda larga por ADSL. A subsidiária para as telecomunicações da Sonae lançou também um serviço de rede fixa para o mercado residencial sem assinatura mensal. Produtos que os analistas qualificam de «bastantes agressivos» e que «vão fazer concorrência à PT», afirmou Maria Summervielle, analista da Caixa Banco de Investimento (Caixa BI).

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«Esta é uma estratégia agressiva de aposta no acesso directo à Internet por ADSL e na rede fixa», acrescentou a mesma. O acesso directo à rede fixa e à Internet vai ser possível a partir da desagregação do lacete local, disponibilizando 143 centrais.

«É negativo para a PT, mas mais para a PT Multimédia, uma vez que a velocidade de acesso à Internet é mais pequena», apontou Maria Summerveille. A oferta do Clix comporta velocidades de 2, 4 e 8 Mbps, enquanto que a «a PT oferece apenas 2 (Mbps).»

«Por outro lado, estes novos produtos colocam em risco as receitas da PT na rede fixa e as receitas da PT Multimédia na banda larga da TV Cabo», destaca Ricardo Pimentel Seara, analista do BPI, em nota de research, depois de uma apresentação da operadora aos analistas. Perante a agressividade da concorrente, «é importante saber como a PT vai reagir», acrescenta a analista da Caixa BI. Uma resposta que vai «depender quer em termos técnicos para fazer face a estas ofertas e o seu interesse económico para o fazer», aponta ainda o analista do BPI.

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A Sonaecom aposta na oferta de «produtos com um preço atractivo», com vista a «atrair potencias clientes para a banda larga», aponta o BPI em relação ao encontro da empresa com os analistas. «Com uma reduzida campanha promocional (quatro milhões de euros), a empresa já conseguiu o que chama de um surpreende número de clientes interessados», afirma.

Os objectivos da subsidiária consistem em obter uma quota de mercado de 8% através de 1,7 milhões de linhas, através da regulação do lacete local, «contudo não apontou um prazo para atingir esses objectivos», mencionou a analista da Caixa BI.

Esta aposta da Sonaecom é «positiva», ainda que obrigue a um forte esforço inicial, para beneficiar a médio/longo prazo. Esta «aumenta a visibilidade de um negócio atractivo para a Sonaecom e para outras Telecom alternativas de rede fixa», aponta Ricardo Pimentel Seara.

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