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Explicações gratuitas a alunos com negativa

O Ministério da Educação quer que os planos de recuperação de alunos com insucesso escolar que já estavam a ser feitos em muitas escolas sejam, obrigatoriamente, concretizados por todas, noticia o «Jornal de Notícias».

Para tanto, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, divulgou, ontem, junto da Comunicação Social, que um despacho está em fase de elaboração, de forma a que, já a partir do segundo período escolar, os estabelecimentos de ensino ofereçam aulas suplementares. Os professores lamentam não terem sido ouvidos sobre o assunto e duvidam que consigam recuperar alunos, dando-lhes «mais do mesmo».

Valter Lemos afirmou que, a partir do segundo período, os conselhos de turma irão propor planos de recuperação, a aplicar nos segundo e terceiro períodos. Serão alvo das medidas os alunos que tenham um número de negativas que não os permita passar de ano.

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Nesse plano de recuperação deverão constar aulas suplementares nas disciplinas em que os resultados sejam negativos ou aulas de organização do estudo e de métodos de trabalho.

Diploma legislativo ainda não existe. Segundo Valter Lemos, ainda está a ser elaborado, devendo ficar pronto até ao final do mês.

Para os professores - e, curiosamente, para os próprios pais - o Ministério da Educação não levou aos órgãos de Comunicação Social qualquer novidade, já que os planos de recuperação existem em muitas escolas há vários anos. Contudo, a sua generalização enquanto forma de combater o insucesso escolar deixa aos professores - afinal, os profissionais que trabalham nas escolas com os alunos - muitas dúvidas.

«Estou ansiosa para ver os planos de recuperação para crianças que não aprendem porque passam fome». O comentário, feito por uma professora num sítio da Internet dedicado aos temas da educação vem ao encontro da reacção das organizações sindicais à medida anunciada. Adriano Teixeira de Sousa, da Federação Nacional dos Professores, disse ao JN que , em vez de oferecer aos alunos «mais do mesmo, seria mais útil criar nas escolas equipas multidisciplinares, já que as causas do insucesso são múltiplas».

Por seu turno, João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, também considerou os planos de recuperação insuficientes. No seu dizer, as escolas deveriam ter mecanismos de intervenção para todos os casos de insucesso e não apenas para os que apresentam maus resultados apenas em algumas disciplinas.

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