O empresário Filipe de Botton considera que o aumento da taxação sobre os rendimentos mais elevados, proposto pelo secretário-geral do Partido Socialista e primeiro-ministro, José Sócrates, no passado fim-de-semana, não vai «infelizmente» permitir uma redistribuição da riqueza tal que aumente o rendimento da classe média.
«Não me choca que haja um aumento de taxação sobre os rendimentos mais elevados, mas isto não vai infelizmente permitir uma tal redistribuição de riqueza que aumente o rendimento da classe média», disse o responsável da Logoplaste à agência Lusa.
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Segundo o empresário, o que é necessário é a adopção de «medidas estruturais imediatistas», com efeito instantâneo, e não tanto o aumento da taxação sobre os rendimentos mais elevados que só terá efeito dentro de 18 meses «ou na melhor das hipóteses dentro de um ano».
«Só em 2010 é que vou pagar o aumento da taxa. É preciso criar medidas com efeito imediatista, como a redução de impostos indirectos que tem um efeito directo no aumento do consumo», exemplificou.
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A esta medida, Filipe de Botton acrescentou ainda o apoio directo às empresas com a redução dos impostos, nomeadamente os mensais, o fim do pagamento especial por conta das empresas e a redução imediata da taxa de segurança social também das empresas.
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