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Fisco fiscaliza festas de casamento

O Fisco está a apertar o cerco à fuga aos impostos nas festas de casamento. Os noivos são questionados e devem indicar quem lhes fornece flores, catering, decoração, etc.

Fotógrafos e empresas de catering, restaurantes e quintas que acolhem festas de casamento foram os primeiros alvos da acção concertada da Direcção de Finanças de Aveiro (DFA), que já está a ser seguida por outras direcções de Finanças do país, revela hoje o «Jornal de Notícias».

As primeiras 20 inspecções à actividade de fotógrafos do distrito de Aveiro permitiram correcções, na matéria colectável de 2002, 2003 e 2004, de 1,1 milhões de euros relativos a IRC e IRS e de 229 mil euros respeitantes a IVA, que não haviam sido declarados. Só dois fotógrafos não regularizaram a sua situação voluntariamente, congratula-se fonte das Finanças, em declarações ao jornal. Quanto às primeiras 11 inspecções feitas a quintas, levaram a correcções de 784 mil euros relativas a IRC e IRS, mais 138 mil euros a IVA. Ninguém contestou.

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Mas o cerco à evasão fiscal, neste negócio de muitos cifrões, ainda agora começou, avisa um responsável da DFA.

Quem já foi fiscalizado vai continuar debaixo de olho e, por outro lado, estão a ser preparadas inspecções a floristas, ao aluguer de viaturas e a empresas que fazem vestimentas para casamentos.

Muitas destas sociedades já estão identificadas. No ano passado, a DFA apurou junto da Conservatória do Registo Civil que, nos três anos referidos, tinham sido realizados 6.740 casamentos no distrito. A seguir, enviou um inquérito a todos os casais, perguntando-lhes onde tinham feito a festa, o nome da empresa de catering contratada, o número de convidados, etc. Responderam 3.770, que levaram à identificação de qualquer coisa como 126 sujeitos passivos que andam neste negócio.

Do lado dos empresários, dizem que só conseguem singrar porque fazem preços baixos, com diferenças que chegam aos 15 euros por convidado, quando evitam os impostos. O pagamento da mão-de- -obra sem emissão de facturas é, aliás, uma das formas mais comuns da evasão fiscal. A maior parte dos chamados «extras» nem recibos verdes possui.

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