A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) considera que o aumento de preços decidido recentemente pela Galp e pela BP, e que deverá ser seguido por outras petrolíferas, é «absolutamente escandaloso».
Em declarações à Agência Financeira, o presidente da associação, Augusto Cymbron, afirmou que «não se justifica subirem os preços hoje para terem de voltar a descê-los daqui a dois ou três dias».
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A Galp e a BP aumentaram os preços com base no pico que as cotações do petróleo atingiram na semana passada devido ao conflito israelo-palestiniano e à crise do gás natural, provocado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, a Anarec diz que os preços dos combustíveis terão de voltar a baixar em breve, já que as cotações do crude inverteram essa tendência.
Para as gasolineiras, o problema é que alterações de preço tão frequentes acabam por prejudicar o negócio. «Os postos que foram abastecidos hoje, pagaram o combustível a este preço. Daqui a dois dias, o preço baixa, e os postos, que pagaram o combustível a preço mais alto, têm de o vender mais barato», reclama Augusto Cymbron.
Esta é uma das razões porque a Anarec quer ver a liberalização dos combustíveis revogada. «Assim como o preço da electricidade não sobe a bel-prazer do presidente da EDP, os combustíveis também devem ter uma regulação», defendeu.
A grande luta da Anarec continua a ser agora a descida da carga fiscal sobre os combustíveis e a sua equiparação à vizinha Espanha. «Se isso acontecesse, os preços podiam baixar 20 cêntimos por litro», lembrou.
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