O Governo afasta a ideia de aumentar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos, uma medida que, de acordo com o «Correio da Manhã», estaria a ser ponderada e que poderia fazer parte da actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que será entregue em Bruxelas nos próximos dias.
Fonte oficial do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social disse à Agência Financeira que «o Governo não está a estudar nem sequer a ponderar qualquer alteração à idade da reforma».
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A mesma fonte adiantou ainda que «a reforma que foi feita há dois anos foi exactamente no sentido de garantir a sustentabilidade do sistema nas próximas décadas, por isso não faz qualquer sentido uma alteração às reformas agora».
«Lá porque Espanha está a tomar a medida, não quer dizer que Portugal tenha que seguir», afirmou.
Espanha foi um dos países europeus, tal como a Grécia, a avançar com a medida, para tentar corrigir o desequilíbrio das contas públicas.
De acordo com o «Correio da Manhã», já no Orçamento da Segurança Social de 2006 se previa que a medida viesse a ser necessária, mas apenas para 2020.
As despesas da Segurança Social são cada vez maiores, com o número de pessoas a depender das prestações sociais em crescimento contínuo. Por um lado, o envelhecimento da população faz subir exponencialmente o número de pensionistas, por outro, a crise fez disparar o número de pedidos de subsídio de desemprego. Com tudo isto, as estimativas apontam para que, em 2050, já não haja dinheiro para pagar todas as prestações.
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