O Governo reviu em alta, na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2009, a meta de défice orçamental, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), dos anteriores 1,5% para 2,2%.
Na conferência de imprensa que decorreu no Ministério das Finanças, o ministro da tutela, Fernando Teixeira dos Santos, adiantou que o Governo está consciente do impacto que a crise financeira internacional, que está já a ter efeitos nas economias reais, terá nas receitas e despesas do Estado.
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Quanto a 2008, o Executivo mantém a meta de 2,2%. Ou seja, no ano que vem, não há qualquer redução.
No entanto, para o ministro das Finanças, apesar da revisão em alta, a notícia não é tão má como parece. «No Orçamento para este ano, prevíamos um crescimento económico de 2,4% e um défice de 2,4% do PIB. Agora prevemos um crescimento de 0,8% para este ano e um défice de 2,2%. Portanto, apesar de ter piorado a previsão de crescimento, nós melhorámos a previsão de défice», explicou, em entrevista à «SIC Notícias».
Apesar de tudo, o ministro fez questão de frisar que o OE2009, apesar de elevar a meta de défice, continua a ser um «Orçamento de rigor». E sublinhou que o GOverno não quer «deitar a perder o que já está feito» em termos de consolidação orçamental. Assim sendo, o aumento da meta de défice para 2009 só se explica com a crise financeira e o seu impacto na economia, e com a necessidade que a mesma cria de se apoiarem as famílias e as empresas.
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