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Governo eleva previsão de inflação para 2008

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O Governo reviu em alta a previsão de inflação para 2008, antecipando um crescimento de 2,2 por cento dos preços, mas manteve as restantes previsões macroeconómicas, segundo as Grandes Opções do Plano (GOP), a que a «Lusa» teve acesso.

No documento, o Executivo de José Sócrates acredita que a taxa de inflação possa subir 0,1 pontos percentuais de 2006 para 2007, para 2,2%, valor este que é 0,1 pontos percentuais superior à previsão que constava do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) entregue a Bruxelas em Dezembro de 2006.

As restantes variáveis do cenário macroeconómico de 2007 e 2008 mantêm-se inalteradas face às previsões apresentadas com o Orçamento do Estado (OE) para 2007 e com o PEC.

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A economia deverá crescer 1,8% este ano e acelerar para um ritmo anual de 2,4% em 2008, sobretudo à custa da recuperação do investimento e do bom ritmo de subida das exportações.

Na primeira versão do parecer do Conselho Económico e Social (reúne representantes dos parceiros sociais) sobre as GOP, a que a «Lusa» teve acesso, o CES diz que não se pronuncia sobre a probabilidade do cenário macroeconómico, preferindo antes salientar os pontos mais positivos e negativos desse cenário.

Assim, refere que é positivo que o Produto Interno Bruto (PIB) acelere nos dois próximos anos, com um crescimento próximo da média europeia, e que o crescimento do PIB assente nas exportações e no investimento.

As vendas ao exterior devem crescer 7,2% em 2007 e 6,8% em 2008, enquanto o investimento deve expandir-se 1,9 e 4%, respectivamente.

«O facto do investimento agora recuperar é um mudança que se deverá considerar muito positiva», diz o CES.

Os parceiros sublinham ainda que o facto do défice público vir a ser inferior a 3% do PIB em 2008 (nos 2,6%) significa que Portugal sairá de uma situação de défice excessivo, o que terá consequências importantes ao nível do menor aperto da procura interna (consumo e investimento) nos anos seguintes.

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Como pontos negativos do cenário macroeconómico o CES aponta o insuficiente crescimento económico, que torna Portugal incapaz de crescer acima da meia dos seus parceiros, e o elevado desemprego que se deverá manter.

A previsão aponta para uma taxa de desemprego de 7,5% em 2007 e de 7,2% em 2008.

O CES alerta ainda para a persistência do alto nível de endividamento externo da economia português, dado o «elevado» défice da balança corrente e de capital.

Na opinião dos representantes dos parceiros sociais, o cenário macroeconómico reflecte a «persistência de uma situação estrutural preocupante» e mostra a importância de acelerar os esforços de «reformulação do aparelho produtivo nacional», de maneira a permitir um crescimento económico mais rápido e uma produção assente nos bens transaccionáveis.

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