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GPS que alertam para radares são legais

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Os GPS que alertam os condutores sempre que estes se aproximam de locais onde existem radares não têm nada de ilegal. Quem o diz é a própria Brigada de Trânsito.

O «Diário Económico» avança esta manhã que as vendas destes aparelhos disparou devido à instalação de novos radares em Lisboa. Os detectores de radares são ilegais em Portugal, mas estes GPS, nada têm de ilícito porque não são, na verdade, dispositivos que denunciam radares.

«Os GPS não detectam nada. O que acontece é que usam pontos de coordenadas geográficas que são guardados em memória e depois emitem um alerta quando se aproximam desse ponto», explicou o Major Lourenço da Silva, porta-voz da Brigada de Trânsito (BT), à «Agência Financeira».

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Quer isto dizer que, sabendo onde se encontram os radares municipais, os locais onde costumam decorrer operações STOP ou onde costumam estar viaturas da BT com radares, basta introduzir as coordenadas desses locais no GPS e este vai alertar o condutor sempre que se aproximar de um desses pontos. «Mas o facto de um ponto estar assinalado, não quer dizer que, nesse dia, lá esteja o radar da BT», esclarece o porta-voz.

Estas coordenadas geográficas podem ter uma mensagem associada, como por exemplo, o limite de velocidade permitido em cada uma destas localizações.

Sites na net divulgam localização de radares

«Há inclusivamente um site na Internet que acolhe informações sobre coordenadas de pontos onde há radares, operações STOP, etc, que as pessoas podem mandar para lá. E toda a gente pode consultar e retirar informação», acrescenta o Major Lourenço da Silva.

Para o porta-voz da BT, o aumento das vendas de GPS não tem nada a ver com a instalação de radares em Lisboa, «até porque esses estão bem anunciados, toda a gente sabe que eles existem e onde estão, existe sinalização bem visível a anunciá-los». Para o Major Lourenço da Silva, a maioria dos compradores são taxistas, que usam o GPS como mero instrumento de orientação e como ferramenta para encontrar o percurso mais rápido e mais curto entre dois pontos.

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Segundo o «Diário Económico», a maior parte dos modelos de GPS já trazem o software incorporado, outros permitem fazer o «download» dos programas em sites específicos.

Empresas vendem mais

«As empresas que criam estas bases de dados definem cada radar de velocidade como um ponto com a respectiva coordenada e programam o sistema para que emita um alerta num raio de 200 a 300m antes do radar», explica Cláudia Sousa, directora de marketing da Satsignal, empresa que detém os GPS Garmin em Portugal.

O facto destes equipamentos apresentarem, cada vez mais, funcionalidades inovadoras (ligação ao MP3 e visualização de fotografias e DVD), e terem gamas para todas as carteiras, também fazem deles gadgets desejados.

No mercado nacional, a TomTom continua a liderar seguida da Garmin. «No mercado nacional a TomTom detém uma quota de 51% (dados da GFK, consultora na área das tecnologias de informação), sendo que um em cada dois GPS comercializados são TomTom», diz Nuno Campos, director comercial da marca em Portugal.

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Já a Garmin detém uma quota de cerca de 20% (dados da consultora Canalys), o que representa mais de 12 mil unidades vendidas só no primeiro semestre. A empresa pretende terminar o ano com mais de 39 mil unidades vendidas.

A Blaupunkt, que começou a comercializar GPS portáteis no ano passado vendeu cerca de 4.200 em Portugal. A LG, que entrou este ano no mercado nacional, já detém uma quota de cerca de 6%. «Um número bastante positivo, uma vez que estamos presentes no mercado com apenas um modelo, que já vendeu 14 mil unidades», explica João Ferreira, director de vendas LG Portugal.

Até ao final de 2007, o fabricante estima vender 24 mil unidades.

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