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Habitação: juros continuam a subir e prestações vão aumentar

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Taxas Euribor continuam em alta devido à crise financeira

As taxas de juro Euribor, taxas comerciais usadas pelos bancos para indexação dos empréstimos, continuam a subir.

Na terça-feira, a Euribor a três meses e a Euribor a seis meses, as mais usadas nos contratos de crédito à habitação em Portugal, subiram para 4,654% e 4,65%, respectivamente.

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Também a Euribor a um ano subiu para 4,647%.

A manter-se a tendência de subida que se verifica desde o início deste mês, as prestações dos créditos à habitação que forem revistas em Abril deverão voltar a aumentar. Os novos contratos, esses, é também quase certo que já vão pagar mais.

Mesmo que não fossem as taxas de juro, os bancos estão a aumentar os spreads cobrados neste tipo de contrato para tornar a concessão de crédito mais criteriosa e evitar os riscos de sobreendividamento e, por consequência, de crédito malparado. De resto, os próprios empréstimos entre instituições financeiras estão mais restritos.

Tudo por causa da crise financeira desencadeada pelo crédito de alto risco nos EUA (subprime), que acabou por alastrar a outros sectores e a outras regiões do globo. Muitos bancos acabaram por se deparar com uma forte deterioração da liquidez, e acabaram por ter de recorrer aos bancos centrais, que têm vindo a injectar dinheiro no sistema, na tentativa de evitar um colapso grave. Medidas que deverão ajudar, mas que levam tempo a produzir efeitos.

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De resto, a Reserva Federal tem também efectuado cortes substanciais às taxas de juro praticadas nos EUA, o último dos quais aconteceu esta terça-feira. Uma descida de 75 pontos base deixou o preço do dinheiro nos 2,25%, bem abaixo dos 4% que o Banco Central Europeu (BCE) mantém há nove meses. A instituição monetária tem-se recusado a baixar as taxas devido à elevada inflação na Zona Euro, que atingiu recentemente os 3,3%, muito longe já do tecto de 2% que o BCE tinha fixado como desejável.

Os analistas acreditam que as taxas de juro na Europa venham a baixar em meados do ano.

Algumas razões para sorrir têm apenas os portugueses cujos contratos são revistos em Março, já que em Fevereiro as taxas ainda desceram. Para a revisão das prestações, em cada mês, é utilizada a média da taxa de juro ao longo do mês anterior.

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