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Hotéis algarvios em risco de fechar portas com electricidade mais cara

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) acaba de manifestar descontentamento face ao «aumento brutal» do tarifário eléctrico fixado pela Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos (ERSE) para 2006, em comunicado.

O descontentamento está associado ao facto dos custos energéticos, designadamente a electricidade, representarem o segundo maior custo de exploração das unidades hoteleiras e empreendimentos turísticos, imediatamente a seguir aos custos com o pessoal.

Os empresários hoteleiros e turísticos do Algarve confrontam-se, mais uma vez, com aumentos no preço de electricidade, o que vem acentuar ainda mais a perda de competitividade que tem afectado as empresas nacionais nos últimos anos, refere o mesmo comunicado.

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Neste contexto, estes acréscimos nos preços de electricidade são no mínimo «ofensivos, irrealistas e totalmente irresponsáveis e colocam em causa a viabilidade de muitas empresas, atendendo a que a actual elasticidade da procura não permite transferir para o consumidor final estes aumentos», acrescenta.

Recorde-se que as unidades hoteleiras e os empreendimentos turísticos são sobretudo consumidores de média tensão (MT) e baixa tensão especial (BTE), precisamente onde se verificam os maiores aumentos.

A intenção demonstrada pelo Governo de legislar no sentido de, a partir do segundo trimestre, ocorrer uma baixa nos custos do tarifário de electricidade é manifestamente insuficiente e coloca em causa não só os resultados das empresas como de toda a actividade turística.

Aumento médio na indústria turística acima dos 10%

Por outro lado, o cenário do aumento médio ponderado, anunciado pelo Governo, não colhe nem se aplica à actividade turística, uma vez que cerca de 50% dos consumos totais de electricidade são em MT e BTE, onde essa média será bastante superior à referida. No caso da indústria turística, mesmo que o Governo introduza a legislação prevista, o aumento médio anual nunca será inferior a 10%.

Sem pretender colocar em causa a independência que deve presidir à Entidade Reguladora, a AHETA considera estes aumentos como uma «tentativa de beneficiar os diferentes fornecedores de electricidade, relegando para as calendas gregas a chamada liberalização do sector», acrescenta.

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