A afirmação é do líder do PSD, Luís Marques Mendes, que hoje reiterou as críticas ao Governo, apontando a convergên ia das idades de reforma como a «única medida estrutural» tomada no primeiro ano de governação socialista.
«Durante um ano, o Governo tomou uma única medida estrutural: o regime de convergência das idades de reforma. Todas as outras são medidas avulsas. Umas positivas, outras negativas. Mas, praticamente todas medidas avulsas», disse Marques Mendes.
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O presidente do PSD discursava no encerramento das jornadas parlamentares do partido, que decorreram desde segunda-feira em Óbidos, Leiria, dedicadas a o primeiro ano de governação socialista.
Considerando que a imagem que fica do primeiro ano de Governo do PS é a de um executivo «tacticista, que age de forma pontual e avulsa, ao sabor dos impulsos do momento», Marques Mendes criticou o que considerou ser a ausência de visão estratégica e de um projecto.
«Durante um quarto do seu mandato, o Governo desprezou o estrutural em favor do episódico ou conjuntural», afirmou.
No seu único discurso nas jornadas parlamentares do PSD, Marques Mendes recuperou algumas das críticas que já tinham sido feitas pelos deputados sociais-democratas na avaliação que fizeram do primeiro ano de governação socialista, nomeadamente quanto à quebra das promessas eleitorais de José Sócrates, como o não aumento dos impostos e a criação de 150 mil novos postos de trabalho.
«O Governo, durante um ano, encarregou-se de fazer tábua rasa destes compromissos», disse Marques Mendes.
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«O desemprego continua a crescer, atingindo, no final do ano de 2005, u ma percentagem que já não se verificava há 20 anos: 8%», tinha já recordado o deputado Adão e Silva durante a manhã, na sua intervenção.
A «voracidade fiscal» do Governo foi outra das críticas de Marques Mendes, que antecipou mesmo novos aumentos de impostos para os próximos anos.
«O que lá está escrito [no Programa de Estabilidade e Crescimento] é isto: em 2007, os impostos vão novamente aumentar, agora em mais de 350 milhões de euros, em 2008, os impostos aumentarão de novo, mais de 350 milhões de euros, em 2009, terão um novo aumento: mais de 150 milhões de euros», antecipou Marques Mendes.
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