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Incêndios provocam maior dano dos últimos anos na rede da EDP

A Portugal Telecom registou a destruição, desde o início de Julho, de 630 km de cabos nos incêndios de 2005, classificados pela EDP-Energias de Portugal como piores do que os de anos anteriores em termos de danos causados, disseram porta-vozes das empresas.

A EDP e a PT vêem, anualmente, parte das suas redes serem destruídas pelos incêndios florestais dada a dimensão das redes e o elevado número de equipamentos instalados pelo país.

No caso da PT, adiantou à Reuters que tem mais de 400 colaboradores a trabalhar 12 horas por dia para repôr as infraestruturas de comunicações sendo que, das 2.000 centrais espalhadas pelo país, a empresa regista cinco centrais afectadas pelos fogos.

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«Desde o início do mês de Julho, foram consumidos 7.300 postes e 630 km de cabos, tendo já sido substituída uma parte significativa deste parque», afirmou, à Reuters, uma porta-voz da empresa.

«Neste momento, das 2.000 centrais existentes no país, estão afectadas: Palhais (Sertã), Paranho de Besteiros (Tondela), Albergaria dos Doze e S. Simão de Lintem (Pombal) e Campo de Jales (Vila Real), estando a PT a efectuar todos os esforços para recuperar estas infraestruturas», acrescentou.

Quanto à EDP Distribuição, apesar de não dispôr de um balanço provisório dos estragos, a empresa refere que este ano os danos são superiores aos de anos anteriores.

«Este ano a situação está muito pior em termos de danos (do que nos anos anteriores) já que as áreas que foram afectadas são mais extensas», afirmou, à Reuters, um porta-voz da empresa.

«Não estamos a fazer um balanço provisório dos prejuízos porque os fogos ainda estão a ocorrer.(...) Em todo o caso, só quando vierem as chuvas é que saberemos o montante global dos prejuízos porque a grande amplitude térmica causada (após os fogos) leva a avarias devido à danificação do material isolador que protege a passagem da corrente eléctrica», acrescentou.

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Adiantou que a empresa tem vindo a substituir postes de electricidade, rede e fibra óptica (que permite telecomandar as sub-estações) tendo sido forçada a colocar técnicos em permanência nas sub-estações devido a quebras nas comunicações.

Também os operadores das redes móveis têm sido atingidos pelos incêndios, embora em menor escala, com os danos causados este ano a serem inferiores aos de 2003 e 2004. Segundo uma porta-voz da Vodafone em Portugal, o operador regista, este ano, prejuízos na rede inferiores aos de anos anteriores «já que a empresa tem realizado investimentos significativos na sua rede por forma a evitar que os seus clientes sintam alterações nas suas comunicações».

«De facto, a Vodafone tem vindo a aumentar a redundância da sua rede, ou seja, a desenvolver soluções que permitam que quando uma antena está em baixo (quer seja por fogo, falta de energia ou outro motivo), outras antenas fazem a cobertura da mesma área», afirmou, à Reuters, sem citar dados concretos sobre os danos.

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Por outro lado, a Vodafone tem vindo a substituir grande parte das linhas de cobre ou fibra óptica que interligam as suas antenas por tecnologia de transmissão micro-ondas (via rádio), reduzindo assim a possibilidade de corte das linhas.

«Estas duas alternativas criadas pela Vodafone levaram a que, este ano, embora tenham ardido várias linhas que alimentam algumas das nossas antenas, nomeadamente em Pombal e Santarém, os Clientes não sentiram nenhuma falta de rede nem sequer qualquer diminuição dos níveis de qualidade das suas comunicações», concluiu.

Também para a Optimus, operador móvel da Sonaecom, os prejuízos registados em 2005, até à data, são inferiores aos de 2003 e 2004, tendo a situação mais grave ocorrido no distrito de Vila Real, quando nove sites ficaram em baixo, embora durante pouco tempo.

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