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Indústria quer energia mais barata

A AIP e a CIP consideram tarifas para a indústria insustentáveis.

A AIP e a CIP consideraram hoje insustentáveisos elevados preços da electricidade para a indústria em Portugal, factor que acusam de limitar a competitividade das empresas num mercado cada vez mais globalizado.

«Não acreditamos que o MIBEL (Mercado Ibérico da Energia Eléctrica) venha resolver esta situação», disse o vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), Jaime Lacerda, na apresentação do Relatório 2006 sobre a execução da Estratégia de Lisboa em Portugal.

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As associações patronais manifestaram a preocupação com os custos «simultâneos e intensos» que são vertidos nas tarifas eléctricas, como os sobrecustos das energias renováveis, as taxas municipais, os encargos com a transição para o mercado ou ainda as rendas dos terrenos dos centros electoprodutores.

«Cada um destes compromissos pode parecer óbvio, ou até, justo. Mas em Portugal, ocorrem todos em simultâneo e com intensidade, e tal não será sustentável», defendem, considerando que estas obrigações assumidas pelo Estado têm contribuído em muito para que as tarifas de electricidade em Portugal sejam superiores à média comunitária.

Segundo Jaime Lacerda, «a indústria em Portugal precisa de ter acesso a energia mais barata e a interligações com a Europa para que seja mais competitiva».

«Tem-se falado muito no MIBEL, mas a convergência do sistema de regulamentação e de formação dos preços está ainda por fazer», adiantou.

A AIP e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) já haviam alertado para «o irrealismo do tarifário» em 2006, sobretudo no caso das grandes empresas consumidoras de energia, mas também em relação às pequenas e médias empresas (PME).

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