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Lojas nacionais estão a vender gás espanhol 40% mais barato

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Centenas de lojas portuguesas, sobretudo no Algarve e Norte do País, estão a vender garrafas de gás trazidas de Espanha, a quase metade do preço.

A denúncia parte da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC), que vê as empresas do sector, suas associadas, perder negócio para esta «concorrência desleal». Já para não falar dos milhares de portugueses que vão a Espanha comprar gás.

Em declarações à «Agência Financeira», o presidente da associação, Augusto Simbron, diz que «em muitas lojas estão a ser vendidas garrafas de gás com rótulos e instruções de segurança em espanhol, com preços até 40% abaixo daquele a que são vendidas as botijas em Portugal. Isto significa que são trazidas de Espanha».

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O mesmo responsável explica que, no caso de um particular que queira ir a Espanha comprar uma ou duas botijas de gás, é obrigatório declarar essas botijas quando passa a fronteira, na alfândega, porque é necessário terem uma guia e pagar pela mesma uma taxa, embora seja «muito pequena». No entanto, a maioria dos particulares não declaram as compras que vão fazer a Espanha.

Já no caso dos camiões, de matrícula espanhola, que atravessam a fronteira carregados, é suposto haver um maior controlo, mas a ANAREC desconfia de que não há. Embora seja necessária uma autorização para os retalhistas portugueses venderem gás espanhol, o facto é que muitas lojas o fazem, e ninguém controla as suas licenças.

ANAREC pede maior controlo das autoridades

«Vamos escrever às autoridades, incluindo a Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE), para que haja uma maior fiscalização, nomeadamente desses camiões que passam pelas alfândegas. Porque existem brigadas de algumas autoridades que mandam os nossos associados parar, para verificarem as suas cargas, geralmente um número pequeno de garrafas de gás, mas depois fecham os olhos aos camiões de matrícula espanhola», acusa Augusto Simbron.

A venda deste gás a preços 40% inferiores é considerada «dumping» pelo presidente da ANAREC. E lembra que não são só as empresas do sector que são penalizadas, é também o Estado Português, que «está a ser espoliado do valor dos impostos, que não estão a ser pagos cá, e sim em Espanha. Os espanhóis devem estar a esfregar as mãos de contentes», acusa.

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