Os lucros do Banco Espírito Santo atingiram os 607,1 milhões de euros, em 2007, o que representa uma subida de 44,3% face ao período homólogo.
A concessão de crédito (mais 16,9%), a captação de novos clientes (mais 9,4%) e o controlo dos custos operativos contribuíram para o resultado da instituição financeira.
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«A forte dinâmica comercial reflectiu-se no crescimento de 16,9% do crédito a clientes, incluindo a componente titularizada, e de 9,4% dos recursos totais de clientes. A área internacional continuou a dar um forte contributo», já o crédito concedido cresceu 38,4% e os recursos de clientes aumentaram 18%, revela o banco de Ricardo Salgado, em comunicado.
O produto bancário subiu 12,7% em 2007, contra os 11,1% verificados no ano anterior, atingindo 1,59 mil milhões de euros, sendo de destacar a progressão do resultado financeiro em 15,0%.
Custos operacionais sobem
De acordo com os dados revelados pelo BES, os custos operacionais aumentaram 6,7%, em 2007. Na base deste aumento estão, de acordo com o mesmo, a actividade internacional e os encargos com reformas antecipadas no quarto trimestre no valor de 26,1 milhões de euros.
«A evolução dos custos operativos foi influenciada pela área internacional cuja expansão exigiu um reforço de recursos humanos, mais fornecimentos e serviços externos e maiores investimentos que se reflectiram num aumento de 13,4% nos custos de funcionamento», adianta.
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Segundo o BES, «na actividade doméstica e, pese embora a abertura de 75 novos balcões e 125 remodelações de balcões antigos, os custos operativos tiveram um aumento de apenas 5,4%».
Já os custos com pessoal subiram 5%, totalizando os 502,1 milhões de euros em 2007.
Maior peso da actividade internacional
O produto bancário comercial da actividade internacional do BES aumentou 32%, revela o banco.
«A contribuição da área internacional para o resultado (23%) consolidado do grupo foi de 141,5 milhões (mais 51,9%) com a generalidade dos mercados em que o grupo opera a evidenciar evoluções positivas», adianta.
No Reino Unido a operação rendeu 44,4 milhões de euros, em Angola 33,5 e no Brasil 32,2 milhões de euros.
Melhoria do custo do risco
«A gestão criteriosa do crédito teve reflexos na melhoria do custo do risco», refere o banco, acrescentando ainda que «esforço de provisionamento no exercício representou 0,49% do saldo do crédito concedido, contra os 0,51% verificados no ano anterior».
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Em adição, o rácio de Crédito Vencido há mais de 90 dias/Crédito Total situou-se em 1%, abaixo dos 1,1% contabilizados em Dezembro de 2006, com o correspondente rácio de cobertura a evoluir para 229% face aos 218% obtidos no último mês de 2006.
«Os ganhos potenciais nas principais participações estratégicas totalizaram, a 31 de Dezembro de 2007, 839 milhões de euros», conclui o banco liderado por Ricardo Salgado.
As acções do BES seguem a cair 0,41% para os 12,12 euros.
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