Mais de 4 mil micro e pequenas empresas fecharam portas nos primeiros três meses do ano.
Segundo a vice-presidente da Confederação Portuguesa das Micro e Pequenas Empresas, Clementina Henriques, «as empresas mais afectadas são as mais ligadas à prestação de serviços e comércio».
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Número de novas empresas cai 25%
Quase 300 empresas fecharam portas em Janeiro
A responsável que se encontrava à porta da reunião da concertação social reivindica mais medidas de apoio aos empresários que ficaram no desemprego devido à actual crise.
«Estamos com muitas dificuldades. Muitos empresários têm fechado portas. Temos casos de empresas que não sobrevivem mais de 3 meses e a média razoável de sobrevivência não ultrapassa os 4 anos», disse a mesma responsável, lembrando que as microempresas representam já 99,8% do tecido produtivo do nosso país.
É essencial «assegurar que não há fraudes»
«Não vimos aqui defender a universalidade do subsídio [de desemprego]. O que esperamos é que sejam regulamentadas medidas, porque nem todos ficam no desemprego da mesma maneira», sublinhou.
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A representante disse ainda que «é essencial assegurar que não há fraudes» e defendeu a criação «de um organismo que regule e apoie a sustentabilidade» deste tipo de empresas.
«Não queremos viver de subsídios, queremos trabalhar», sustentou.
A Confederação Portuguesa das Micro e Pequenas Empresas tem já agendada uma acção de rua, para o próximo dia 23, junto da residência oficial do primeiro-ministro.
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