O ministro das Obras Públicas ficou «um pouco perplexo» quando a Galp anunciou um aumento de um cêntimo nas gasolinas no dia seguinte ao difícil acordo com os camionistas. Mas garante que não telefonou a ninguém.
A revelação é feita pelo próprio Mário Lino, numa entrevista ao «Jornal de Negócios», onde critica o PSD, garante que tanto o TGV como as estradas estão estudadas e são muito rentáveis para o País e garante que, por ele, as portagens entram nas Scut amanhã, mas a renegociação dos contratos com as concessionários não o permite. «Eu e o Governo somos penalizados politicamente pelo facto de ainda não termos posto portagens nas Scut», diz.
PUB
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações esclarece o futuro da Estradas de Portugal, garantindo que ela será uma empresa viável e que não acumulará prejuízos. E sublinha que a empresa é 100% pública e continuará sê-lo enquanto este Governo gerir o País. Depois, depende dos outros Governos.
Mário Lino entende que em Portugal há «um número muito grande de empresas de construção pequenas, sem capacidade técnica e com metodologias de trabalho muito atrasadas. Temos de fomentar alguma concentração, inovação e qualificação».
Na aviação, diz que a TAP está numa situação muito difícil, como todas as transportadoras, e não esclarece se vai ou não negociar a manutenção de Fernando Pinto para mais um mandato. Mas diz que despedimentos na TAP é um cenário que só deve ser colocado em último lugar.
O ministro acrescenta ainda que a situação da CP é muito difícil mas garante que está a trabalhar num modelo de gestão e de financiamento que ataque o caso perdido do sector dos transportes.
PUB