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Monovolumes vendem mais 20% com portagens mais baratas

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As vendas de monovolumes cresceram 19,4% no primeiro semestre de 2005, face ao mesmo período de 2004. Em declarações à Agência Financeira, a Associação de Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) disse que «este fenómeno está relacionado com a redução do preço das portagens de monovolumes desde Dezembro de 2004 e o aumento do IVA de 19% para 21%, a partir de 1 de Julho».

Estes dois factores originaram um «forte crescimento das vendas no sector automóvel no mês de Junho de 2005. Este aumento é o reflexo de uma antecipação de compras previstas para este ano», acrescentou o secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro.

«Estimamos que cerca de 50% das vendas de veículos automóveis no mês de Junho poderão dever-se à antecipação de compras. Este fenómeno da antecipação de compras, não é novo em Portugal, tendo-se assistido a situações semelhantes em anos anteriores quando foram anunciados, por exemplo, aumentos do Imposto Automóvel», disse.

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Da mesma opinião é João Madeira Pires, da Citroën, que disse que «parece evidente que o crescimento de vendas dos monovolumes do segmento M2, onde o Citroën C8, o Renault Espace, o VW Sharan se inserem, surgiu como consequência da entrada em vigor da nova legislação sobre as portagens».

«De facto, durante os quatro meses (Março, Abril, Maio e Junho) após a entrada em vigor da referida legislação, o Citroën C8, face a idêntico período do ano transacto, registou um incremento de vendas de 60%, o que é significativo», acrescenta.

Sobre a polémica necessidade destes veículos aderirem à Via Verde para poderem pagar portagens de classe 1, o responsável da Citroën admite que «pode-se dizer que a necessidade de utilizar Via Verde é uma descriminação», mas pergunta, em tom irónico, se «quem adquire um veículo deste nível não possui este meio de pagamento de portagens?».

Segmento está agora mais equilibrado

Para João Madeira Pires, «houve, sim, o desaparecimento de desigualdades dentro deste segmento onde anteriormente só existiam dois beneficiados: o Kia Carnival e o Chrysler Voyager. Agora, sob este ponto de vista, são todos praticamente iguais».

«No entanto, esta medida veio beneficiar alguns outros veículos, como por exemplo o Mercedes Vito de passageiros, em detrimento de outros seus concorrentes. Embora aqui esta questão seja discutível, visto que se trata de um nicho de mercado com reduzida expressão comercial», acrescenta.

Contactada pela Agência Financeira, a Peugeot disse «não existir nenhum aumento significativo nas vendas e que o mercado mantém-se estável. Estamos a falar de um segmento muito pequeno, onde houve apenas um aumento de 200 carros em seis meses».

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