É que, segundo notícias vindas a público, o Governo pretende não só que seja a Direcção-Geral de Impostos a cobrar o valor como também alargá-lo a todos os veículos existentes, mesmo os que não estejam em circulação, como é o caso dos carros entregues aos stands automóveis à troca por um novo, refere o «Jornal de Notícias».
«Quem pagará o imposto? O anterior proprietário, que já vendeu o carro ao stand, ou serão as empresas a pagar?», questiona António Teixeira Lopes, presidente da ARAN. Antes de avançar para a alteração da forma de cobrança e de aplicação do IMV, Portugal deveria adoptar medidas idênticas àquelas que estão em vigor noutros países da União Europeia, esclareceu. «Na Alemanha, por exemplo, quando um carro usado é vendido, a matrícula é apreendida, sendo desbloqueada só após a nova venda», explicou Teixeira Lopes.
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Sinais preocupantes, tanto mais que agudizam a crise que o sector atravessa há vários anos. «Todos os dias fecham empresas e aumenta o desemprego. Mas o Governo parece ignorar a situação, optando pelo caminho mais fácil, o aumento de impostos».
A recente experiência com o novo cálculo do Imposto Automóvel (IA) é um dos motivos que deixam Teixeira Lopes de «pé atrás» com o Executivo de José Sócrates. «O secretário de Estado também nos deu garantias de que o valor do imposto se manteria equivalente com a introdução da componente ambiental, mas essa garantia durou apenas duas semanas», explicou. «O que verificámos é que são os veículos com menos emissões de dióxido de carbono os que mais vão pagar».
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