A administração do BPN, liderada por Oliveira e Costa, ordenava «correcções» aos resultados das auditorias internas efectuadas no BPN, que detectavam transferências para o Banco Insular.
A afirmação foi feita pelo ex-director de operações do banco, Ricardo Pinheiro, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito, e denunciou ainda a entrega de pagamentos em numerário, sempre a Francisco Sanches, membro da administração, mas com aval superior.
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«Nalgumas foram detectados factos, como transferências de fundos para o Banco Insular e pagamentos em numerário», afirmou, acrescentando que eram depois ordenadas «correcções» a essas auditorias, pela administração, liderada na altura (2006) por Oliveira e Costa, retirando-se esses factos.
O antigo responsável foi ainda questionado sobre outras inspecções externas ao banco, nomeadamente pelo Banco de Portugal, que assumiu colocar frequentemente questões ao BPN, nomeadamente sobre a fraca fundamentação de operações de crédito.
Questionado sobre a possibilidade de o BPN esconder do Banco de Portugal, numa lista de transferências eventualmente pedida pelo regulador, as transferências para determinadas instituições, como as offshores ou o Insular, Ricardo Pinheiro disse não ser difícil. Mesmo que o BPN não escondesse propositadamente essas transferências, o ex-director operacional considerou que seria normal o Banco de Portugal não conseguir aperceber-se delas no meio de um tão grande volume de informação.
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