«As tabelas da maioria das seguradoras são tão complexas que não é fácil calcular o montante a partir do qual compensa participar», mas, regra geral, «se os estragos forem reduzidos, é mais vantajoso pagá-los do seu bolso», conclui o estudo a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Se os danos forem abaixo dos 295 euros nunca compensa participar, conclui a análise feita a tabelas de 19 seguradoras, enquanto noutros casos depende das tabelas das seguradoras e do tipo de seguro contratado.
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O estudo, que será publicado na revista Dinheiro e Direitos de Janeiro, aconselha as pessoas, após um acidente, a pedir uma simulação da evolução do prémio à sua seguradora mas também à concorrência.
É que «se a tabela da actual companhia for muito penalizadora, poderá compensar mudar de seguradora», o que não evita o agravamento do prémio, que acontece sempre, mas é menor nalgumas seguradoras do que noutras, concluiu o estudo.
A DECO denuncia, com base nas conclusões deste estudo, que, nos casos de muitas seguradoras, só em teoria as tabelas permitem acompanhar a evolução do prémio, em função dos acidentes participados.
«O que poderia ser uma salutar política de transparência é, por exemplo, no caso da Tranquilidade e da Zurich, completamente gorada pela complexidade das tabelas fornecidas», sublinha e associação de defesa do consumidor, que por isso reclama que as seguradoras adoptem um modelo único de apresentação.
A associação denuncia ainda outras práticas que considera lesivas, como o facto de algumas seguradoras ignorarem que em caso de acidente, só as coberturas de responsabilidade civil e choque, colisão e capotamento - que dependem exclusivamente da condução do segurado -, deveriam agravar o prémio.
Os clientes deveriam poder saber quanto pagam por cada cobertura e quais as agravadas em caso de sinistro, defende a associação, que já enviou uma carta ao Instituto de Seguros de Portugal e ao ministério das Finanças com estas reivindicações.
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