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Pedidos de empréstimos aumentam cada vez mais depressa

Os portugueses pedem cada vez mais empréstimos à banca. Entre Outubro do ano passado e Outubro deste ano, os empréstimos concedidos a particulares aumentaram a um ritmo superior, atingindo um crescimento de 9,8%.

Segundo os Indicadores de Conjuntura do Banco de Portugal, relativos ao mês de Novembro, esta ligeira aceleração resultou do maior crescimento dos pedidos de crédito à habitação, que aumentaram 11,1%, mas também do crescimento dos empréstimos para consumo e outros fins, que voltou a ser de 4,4%.

Também os empréstimos concedidos a sociedades não financeiras aceleraram, para um crescimento homólogo de 4,4%, mantendo a tendência de crescimento observada nos últimos meses.

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Com resultado destas duas parcelas, em Setembro, os empréstimos bancários concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) aumentaram 7,4% face ao mesmo mês do ano passado. Um crescimento muito superior à subida homóloga de Agosto, que fora de apenas 6,9%.

A evolução dos empréstimos concedidos ao sector não monetário reflectiu, por um lado, a forte aceleração dos empréstimos concedidos a instituições financeiras não monetárias (a sua taxa de variação homóloga aumentou de 0,6%, em Agosto, para 6,9%, em Setembro, revertendo a forte desaceleração observada no mês anterior) e, por outro lado, o ligeiro aumento da taxa de variação anual dos empréstimos concedidos ao sector privado não financeiro (de 7,2 para 7,4%).

Bancos dizem que risco de créditos não serem pagos aumentou

De acordo com os resultados do inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito realizado em Outubro de 2005 aos cinco grupos bancários portugueses que integram a amostra, os critérios de concessão de empréstimos a empresas e particulares permaneceram inalterados no terceiro trimestre de 2005, tendo por comparação o trimestre anterior.

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Por um lado, de acordo com os bancos inquiridos, as pressões concorrenciais deverão ter continuado a contribuir para uma menor restritividade destes critérios, nos vários segmentos considerados. Em contrapartida, outros factores tiveram um impacto contrário sobre os critérios de concessão de crédito, destacando-se a percepção de riscos acrescidos em determinados sectores específicos e a persistência de expectativas pouco optimistas sobre a evolução da actividade económica. Como consequência, alguns bancos têm vindo a aplicar spreads mais elevados nos segmentos com maior risco.

Já no terceiro trimestre de 2005, a procura de empréstimos por empresas não registou alterações significativas face ao trimestre anterior, de acordo com os bancos inquiridos, apesar de, em termos médios, ter sido observada uma ligeira diminuição da procura de empréstimo por grandes empresas, em particular em prazos mais longos. Por sua vez, a procura de empréstimos por particulares registou um ligeiro aumento, nomeadamente no segmento de crédito à habitação.

Para o último trimestre de 2005, os bancos participantes no inquérito prevêem, em termos médios, um ligeiro aperto dos critérios de concessão de crédito a empresas, em particular nos empréstimos a pequenas e médias empresas e com maturidades mais longas.

Os bancos não antevêem alterações significativas na procura de empréstimos por parte das empresas nos últimos meses do ano e, no que diz respeito aos empréstimos a particulares, também não prevêem efectuar alterações significativas nos seus critérios de aprovação, esperando-se alguma moderação da procura de crédito, especialmente para financiar o consumo.

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