O líder do CDS, Paulo Portas, considerou esta quinta-feira que o Rendimento Social de Inserção (RSI) se transformou num modo de vida insultuoso para quem trabalha.
No debate com José Sócrates transmitido pela TVI, Portas lembrou que o RSI «foi criado para ser transitório e destinado a situações de carência objectiva, mas não é fiscalizado à séria e transformou-se num modo de vida que é insultuoso para quem trabalha».
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Portas falou das pessoas que «ganham 700 ou 800 euros por mês e são muitas, pagam impostos, renda de casa, transportes, e recebem um abono de família não majorado. Depois, estas pessoas olham para o lado e vêem pessoas que podiam trabalhar e não querem, que recebem RSI, têm majoração no abono de família, muitas vezes têm rendas gratuitas».
«O RSI não é suficientemente fiscalizado e a taxa de fraude, assumida pelo Estado, é superior a 25%», sublinhou. A proposta de Portas para esta prestação passa por «deslocar esses 25% para reforçar pensões sociais e pensões mínimas», disse, lembrando que existem 1,4 milhões de reformados que recebem menos que o salário mínimo.
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