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Portugueses importaram mais de 40 mil carros em 2005

O negócio dos carros usados em Portugal está em crise. A culpa é, em grande parte, da importação de viaturas, que está a sobrecarregar o mercado. É que nem a crise atrai os portugueses às opções mais económicas, quando se fala de automóveis.

O presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), António Teixeira Lopes, só encontra uma explicação: «o povo português é muito vaidoso. Prefere empenhar-se e endividar-se a comprar um carro modesto. O mais importante para as pessoas é exibirem um bom carro. Muitas pessoas preferem importar um carro de gama alta, com oito ou mais anos a comprar um semi-novo de gama mais baixa em Portugal», explica, em declarações à «Agência Financeira.

Aliás, esta mentalidade tipicamente portuguesa nota-se ainda mais se tivermos em conta que «na Alemanha, por exemplo, muitos dos carros de gama alta, de classe D ou E, nem têm grandes luxos, como vidros eléctricos atrás ou espelhos retrovisores eléctricos. Mas os portugueses não querem esse tipo de coisas, só querem comprar carros com os luxos todos», disse.

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Mesmo as vendas de semi-novos (chamado buy-back) têm caído cerca de 12%. Segundo a ARAN, o preço de um carro semi-novo é 20 a 25% mais baixo do que o de um novo, ou seja, uma diferença que corresponde, praticamente, à entrada que é geralmente dada na compra de um automóvel 0 quilómetros. Mesmo assim, nada que convença os portugueses a desistirem de um carro novo ou de um carro importado de gama alta. Ainda por cima, a maioria dos carros importados têm mais de oito anos, por uma questão de fiscalidade. É que a partir dessa idade, já pagam menos impostos.

A prova disto é que, em 2005, ano em que foram vendidos 198.865 ligeiros de passageiros novos em Portugal, foram importados 40.722, ou seja, 20%. Em algumas das marcas mais caras, as importações são mesmo superiores às vendas de novos em Portugal. É o caso da Mercedes, onde foram importadas 12.996 unidades (para 7.290 novas vendidas em Portugal), ou da Audi, com 9.019 importadas (para 7.105 vendidas). Mesmo noutras marcas, como a Volswagen, a BMW ou a Smart, os valores das vendas novas são muito próximos dos das importações.

(Veja a continuação desta notícia em links relacionados)

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