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Preço do barril de petróleo sobe 45% em 2005

O preço do barril de petróleo aumentou 45% em 2005, quer em dólares quer em euros.

Segundo o Boletim Económico da Primavera, divulgado hoje pelo Banco de Portugal (BdP), os preços do petróleo nos mercados internacionais voltaram a registar uma subida acentuada em 2005, tendo a cotação do barril de Brent atingido um máximo de 67,5 dólares no início de Setembro.

Já nos primeiros meses de 2006, o preço do petróleo retomou a tendência de subida e os mercados de futuros apontam para que os preços se mantenham elevados no resto do ano.

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De acordo com o BdP, os aumentos registados no preço do ouro negro reflectem a «expansão robusta da economia mundial e o aumento associado da procura de energia».

O aumento da procura foi particularmente acentuado no caso das economias de mercado emergentes e em desenvolvimento.

No que se refere aos preços de outras matérias-primas, registou-se igualmente um aumento durante o decorrer do ano e até mesmo no inicio deste ano, onde o banco de Portugal destaca o aumento dos preços do ferro e do aço.

Preços recorde do crude agravam desequilíbrios das balanças correntes

A evolução do preço do petróleo contribuiu para o agravamento dos desequilíbrios das balanças correntes a nível global.

Por um lado, o excedente da balança corrente nos países produtores de petróleo voltou a aumentar de forma acentuada. Em contrapartida, os países importadores líquidos de petróleo, onde Portugal se inclui, experimentaram uma perda de termos de troca, com reflexos sobre os respectivos saldos de balança corrente.

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Nos EUA, verificou-se um novo aumento do défice de transacções correntes com o exterior, que atingiu 6,4% do PIB em 2005 face aos 5,7% de 2004. Relativamente ao financiamento deste défice, é de assinalar que a entrada de fluxos financeiros de entidades oficiais externas se reduziu face ao ano anterior, de 3,4% para 1,8% do PIB.

Estes fluxos continuaram a reflectir a aplicação de reservas internacionais acumuladas por parte de vários bancos centrais da Ásia e dos países exportadores de petróleo, no âmbito da gestão das respectivas políticas cambiais, na compra de títulos de dívida pública dos EUA. A redução dos fluxos de entidades oficiais foi mais do que compensada por um aumento das aquisições líquidas de títulos dos EUA por parte do sector privado não residente.

Crude encareceu preços da energia em 10%

As consequências do aumento do preço do crude nos mercados internacionais fizeram sentir-se no bolso dos portugueses.

O aumento considerável do preço internacional do petróleo teve como consequência directa a aceleração dos preços dos bens energéticos.

A aceleração dos bens energéticos foi comum a todos os países da área do euro, registando um aumento de 10%.

Para além dos bens energéticos, recorde-se que o preço dos combustíveis, também, sofreu sucessivas subidas, chegando o gasóleo a ultrapassar 1 euro por litro.

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