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Prestações do crédito à habitação vão baixar em Abril

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Tanto as indexadas à Euribor a três meses como as indexadas à taxa a seis meses

A maioria das prestações de crédito à habitação que forem revistas durante este mês de Abril vão baixar.

Em cada mês que as prestações são revistas, os bancos têm por base a média mensal da Euribor no mês anterior.

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Assim, para quem tem a prestação indexada à Euribor a seis meses, se a prestação for revista agora em Abril, o banco terá em conta a média mensal da taxa em Março, que se situou nos 4,657%. Apesar de esta média ser superior à de Fevereiro, o mais importante é que é inferior à média de Setembro do ano passado, de 4,817%, que foi tida em conta quando as prestações foram revistas pela última vez, em Outubro.

O mesmo sucede para quem tem um contrato de crédito à habitação indexado à Euribor a três meses, cuja média mensal de Março ficou nos 4,660% e cuja prestação vai ser revista agora em Abril. Nestes casos, a última revisão aconteceu em Janeiro, com base na média mensal de Dezembro, que ficou nos 4,915%. Ou seja, deu-se uma baixa.

Quer isto dizer que, para os contratos já existentes, este mês vai trazer um pequeno alívio financeiro para milhares de famílias.

Contratos novos mais difíceis

No entanto, para os contratos novos, as condições podem estar a piorar. É que, mesmo que as taxas desçam, os bancos estão a começar a ser mais exigentes e mais criteriosos no que toca à concessão de crédito e estão mesmo a cobrar «spreads» mais altos. Tudo para evitar o risco.

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Desde que a crise do crédito de alto risco (subprime) rebentou no Verão do ano passado nos EUA, que uma crise financeira tem vindo a alastrar e a deixar vários bancos em situações de liquidez bastante difíceis. Um cenário que começou a assustar não só os investidores, mas o próprio sistema financeiro, que está a tentar precaver-se de situações idênticas no futuro.

Enquanto que nos EUA a Reserva Federal tem vindo a efectuar sucessivos cortes substanciais ao preço do dinheiro, que agora está já nos 2,25%, na Zona Euro o Banco Central Europeu tem resistido aos apelos para reduzir a taxa, que continua estável nos 4%.

Taxas não baixam

É que, apesar dos sinais de abrandamento económico, as autoridades monetárias acreditam que uma recessão está fora do cenário e a sua grande prioridade continua a ser a estabilidade de preços, algo que só poderá ser atingido com uma taxa de inflação abaixo de 2%.

O problema é que a inflação da Zona Euro há muito que está acima deste limite, tendo mesmo atingido em Março o valor mais alto dos últimos 16 anos, nos 3,5%, o que constitui uma razão de peso para que o banco central não baixe as taxas de juro e possa mesmo aumentá-las.

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