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Proteccionismo crescente pode prejudicar economia mundial

O proteccionismo está a crescer tanto nos países desenvolvidos como nos mercados emergentes.

No entanto, o proteccionismo poderá prejudicar o crescimento económico mundial, segundo um relatório da Unidade de Informação do grupo Economist (EIU), divulgado esta terça-feira.

O estudo da EIU estima que um relativamente modesto recuo na globalização poderá significar um ponto percentual a menos no crescimento económico mundial entre 2011 e 2020.

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A EIU indica que a ameaça proteccionista é particularmente visível nos mercados desenvolvidos, onde mais de metade dos inquiridos consideram que está a aumentar e só 16 por cento acreditam que está a decrescer - do que nos países em desenvolvimento, em que 40 por cento dizem que está a crescer e um terço acha que está a esbater-se.

O documento salienta que a ronda de conversações de Doha está num impasse, os países industrializados tentam parar aquisições de empresas chave por entidades estrangeiras e os mercados emergentes estão crescentemente cépticos quanto a acordos multilaterais de comércio.

O relatório, apoiado pelo organismo governamental britânico UK Trade & Investment, baseou-se num inquérito a 286 executivos de empresas de todo o mundo, 45% das quais com mais de mil milhões de dólares de facturação (17% com mais de 10 mil milhões de dólares).

A EIU sublinha que, embora os executivos sejam largamente a favor do comércio livre, são mais compreensivos para com o proteccionismo nos seus próprios mercados, com 48% dos asiáticos, 27% dos norte-americanos e 24% dos europeus ocidentais a considerarem que pode ser um amortecedor crucial para empresas e sectores jovens.

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Regras locais de comércio e investimento penalizam investimentos das companhias

Um quinto dos executivos disse que as suas companhias tinham tido investimentos falhados nos últimos três anos devido às regras locais de comércio e de investimento, embora um quarto tenha afirmado que as alterações dessas regras permitiram o êxito de investimentos no exterior.

Os executivos apontaram como formas de proteccionismo as taxas aduaneiras (70%), as quotas de importação (68%), as taxas de câmbio artificialmente baixas (45%) e a subsidiação de empresas internas (59%).

Os inquiridos consideram que, para tornear o proteccionismo, a localização é a primeira estratégia, com alianças estratégicas (50% dos inquiridos) ou empresas comuns (41%) com parceiros locais.

A EIU diz que o «abre-te Césamo» para lidar com o proteccionismo é ter uma estratégia de longo prazo, fazer alianças ou parcerias com firmas locais, o «lobbying» amigável, positivo e para mostrar as vantagens mútuas (os executivos consideram as ameaças insensatas) e a constituição de pequenas unidades flexíveis que possam mudar facilmente de localização.

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