Já fez LIKE no TVI Notícias?

PT prepara terreno para abertura do mercado chinês em 2006

A Portugal Telecom (PT) assina hoje um acordo em Xangai com um parceiro chinês que ajudará a «preparar terreno» para a liberalização do mercado das telecomunicações na China em finais de 2006.

«O importante é semear para mais tarde colher», disse aos jornalistas Miguel Horta e Costa, que hoje assina «acordo de colaboração» com a ZTE, empresa chinesa fabricante de produtos para telecomunicações, da qual a PT já é cliente.

A assinatura do acordo, entre Miguel Horta e Costa e o presidente da ZTE, Hou Weigui, faz parte da lista de cerca de uma dezena de documentos formalizados durante a visita do Presidente Jorge Sampaio à China, que inclui também Macau, além de Pequim e Xangai, onde hoje chegou.

PUB

Macau será a «porta de entrada» da PT na China continental, quando o mercado das telecomunicações do gigante asiático abrir as portas ao investimento estrangeiro, a partir de finais de 2006, conforme o acordado na adesão da China à Organização Mundial do Comércio.

«Nós temos todos os ingredientes para amanhã termos uma presença na China, mas uma presença que há-de ser sempre de nicho, em zonas que estejam mais próximas e mais ligadas à nossa presença em Macau», disse.

O presidente executivo da PT sublinhou que a prioridade da empresa para esta região do globo é «manter, consolidar e, eventualmente, desenvolver, a presença em Macau».

A justificar o aumento da aposta em Macau, Horta e Costa referiu o forte desenvolvimento económico da chamada «Monte Carlo do Oriente», convertida em 2004 na segunda maior cidade do jogo do mundo, e apontada para ultrapassar Las Vegas no próximo ano, em termos de receitas.

Em Macau, a PT tem uma presença de 28% da operadora telefónica CTM, a par com cerca de 80% da TV Cabo, entre outros negócios.

PUB

A televisão por cabo é, tanto no caso de Macau, como na China continental pós-liberalização, uma das áreas onde Miguel Horta e Costa considera que «há muitas possibilidades».

O grupo português coloca de lado o sonho de poder vir a tornar-se num dos operadores do mercado chinês de telemóveis, que em 2004 contava com 334 milhões de assinantes de telefone móvel entre os 1,3 mil milhões de chineses, segundo números do governo chinês.

«Mas há com certeza áreas de nicho onde é possível nós actuarmos em geografias nas quais nós poderemos ter vantagens competitivas pela nossa presença em Macau», assinalou o presidente da PT.

«Qualquer coisa pequena que se faça na China é grande para nós», assinalou Horta Costa, mas referindo que «ainda é cedo» para falar em planos concretos.

Até a abertura do mercado chinês se concretizar, a PT poderá, mediante o acordo hoje assinado, ampliar a cooperação com a companhia chinesa ZTE (uma das maiores produtoras de produtos para telecomunicações da China), em países terceiros, como o mundo da lusofonia.

A ZTE já é fornecedora da PT para os mercados do Brasil e de Timor-Leste.

Segundo Horta e Costa, esta relação com a ZTE, com sede em Shenzhen, bem como a presença da PT em Macau, têm um «efeito multiplicador», que «cria uma importante química» ao nível das possibilidades de negócio com a China.

PUB

Últimas