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Quase 50% do volume de negócios das construtoras vem de fora

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Empresas optaram por uma estratégia de internacionalização agressiva para conseguirem crescer

O peso dos negócios internacionais das construtoras portuguesas situa-se actualmente nos 49,5 por cento, com tendência para aumentar nos próximos anos, de acordo com a média das três empresas que integram o principal índice do mercado de capitais português (PSI20).

Tomando como exemplo as três construtoras que integram o PSI 20, Mota-Engil, Teixeira Duarte e Soares da Costa, verifica-se que estas empresas optaram por uma estratégia de internacionalização agressiva para conseguirem crescer, diminuindo assim cada vez mais a sua dependência em relação ao mercado português.

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Contactado pela agência «Lusa», o presidente da Mota-Engil Engenharia, Arnaldo Figueiredo, estimou que, em 2008, a maioria das vendas provenha dos 21 países onde a empresa está presente.

Em 2007, o peso do volume de negócios internacionais nas contas da construtora (responsável por 80% das contas do grupo) foi de 43%, com Angola como principal país nas vendas da empresa e a Europa Central como principal mercado (responsável por 20%).

«Muito provavelmente este ano já vamos ultrapassar as vendas nos mercados internacionais, relativamente às do mercado doméstico», estimou.

Para o presidente da 'sub-holding' do maior grupo de construção português, o progressivo aumento do peso dos negócios internacionais nas contas do grupo «é a tendência normal», porque a empresa está em países com forte crescimento, nomeadamente Europa Central, Africa e EUA.

No entanto, para Arnaldo Figueiredo, em Portugal ainda há «muita margem para crescer».

«O país está longe de ser uma Espanha, ou uma Alemanha, ainda há muito cá para fazer», frisou.

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«Para crescer nos mercados internacionais é necessário antes de mais ser forte no mercado doméstico, mas claro, uma grande empresa para crescer com ambição sustentada tem que olhar para fora», acrescentou.

No caso da Teixeira Duarte, que ainda não divulgou as contas de 2007 ao mercado, os resultados do primeiro semestre da construtora antevêem já um forte crescimento dos negócios no mercado externo no ano passado.

A construção civil e obras públicas (que representam 47% dos negócios do grupo) nos seis primeiros meses do ano conseguiram mais do que duplicar as suas vendas nos mercados externos para 85,2 milhões de euros, de acordo com os resultados divulgados pela empresa.

Em Portugal, o grupo também cresceu, relativamente a igual período de 2006, mas a um ritmo muito menor, apenas 3,4% para 140 milhões de euros.

Maior mercado da Soares da Costa é o angolano

Relativamente à Soares da Costa, o seu maior mercado é o angolano, de onde provém 41,5% do volume de negócios, seguindo-se Portugal, com 32,5%, e o Estados Unidos da América (EUA), com 17,3%, de acordo com as contas reportadas pelo grupo relativas ao exercício de 2007.

Pela primeira vez na história da empresa (onde o negócio da construção representa uma fatia de 85,7 por cento), em 2007 Angola ultrapassou Portugal em termos de vendas, conseguindo crescer 17% (face a 2006) para 228 milhões de euros.

A actividade em Portugal, por sua vez, recuou 16,7% para 187,9 milhões de euros.

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