O número de novos aposentados na Administração Central, excluindo Forças Militares e Segurança, mais que duplicou, aumentando 162% no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2005, revelou hoje o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
«Há trabalhadores a menos na Administração Pública e se esta situação não for compensada com entradas de novos trabalhadores poderá pôr em causa o bom funcionamento dos serviços», afirmou o presidente do STE, Bettencourt Picanço, recusando a teoria defendida pelo Governo de que a Administração Pública tem funcionários a mais.
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Os dados sobre o número de aposentados constam da documentação distribuída durante o II Congresso dos Quadros da Administração Pública, intitulado Serviços Públicos - Reformar para Melhorar, que começou hoje e decorre até sexta-feira, em Lisboa.
No primeiro trimestre de 2006 foram para a reforma 3986 trabalhadores, o que contrasta com os 1521 verificados no mesmo período do ano passado.
Destaque para o elevado número de novos aposentados nos Ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Solidariedade Social, Justiça, Finanças e Administração Pública, pesando mais de 86% do total da Administração Central.
O número de novos aposentados nas autarquias locais também teve um aumento significativo, quase duplicado entre o primeiro trimestre de 2005 e o mesmo período de 2006.
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