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Rescisões na RTP e RDP custam em média 68 mil euros

O Grupo RTP prosseguiu, em 2005, o programa de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. Deste, já resultaram 1.006 saídas que custaram cerca de 49 milhões de euros.

Na conferência de imprensa para apresentar as contas de 2005, o administrador para a área financeira, Ponce de Leão, explicou aos jornalistas que no total do Grupo saíram 720 pessoas com o custo de 49,044 milhões de euros, já que existiram mais 280 saídas dos quadros sem compensações.

Do total que pesou nas contas do Grupo Rádio e Televisão de Portugal SGPS, 395 saíram da televisão, com um custo de quase 35 milhões de euros e 325 rescindiram com as rádios, num valor global de pouco mais de 14 milhões de euros de indemnizações.

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Tendo em conta apenas os 720 trabalhadores, saíram do Grupo por rescisão 564 funcionários, numa média de custo de 80 mil euros, 28 abandonaram a empresa por pré-reformas, num valor médio de 103 mil euros, e 128 foram para casa com aposentação antecipada e com quase 8 mil euros de indemnização.

Tudo junto e feitas as contas, cada saída custou ao Grupo 68,117 mil euros.

Revisão salarial absorve redução de custos com pessoal

Apesar do esforço financeiro «que é significativo», este custo já estava orçamentado, como lembrou Ponce de Leão, e até ficou abaixo dos «cerca de 55 milhões de euros (ME) que estavam previstos», disse.

«Foi possível acontecerem estas saídas sem que deixássemos de ter ganhos de produtividade. E só foi possível (poupança de custos com pessoal) porque saíram estes e não entraram mais por outra porta, como antes acontecia», sublinhou o mesmo responsável.

Refira-se que o programa de rescisões aliado a outras medidas de racionalização e organização internas permitiu uma redução de custos de pessoal de 38,2 milhões de euros nos últimos três anos. «Em 2001, antes deste plano, os custos com pessoal ultrapassavam os 169 milhões de euros», acrescentou.

No entanto, em 2005, os custos com pessoal ascenderam a 98,2 milhões de euros, uma redução pouco significativa face aos 99,6 milhões de euros de 2004, já que a «revisão salarial que foi necessária fazer no Grupo quase absorveu o impacto da redução de quadros», explicou Ponce de Leão.

No final de 2005, a Rádio e Televisão de Portugal SGPS contava com 2.350 trabalhadores.

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