A Associação Nacional do Ramo Automóvel quer a alteração do Imposto Automóvel (IA) e a dedução do IVA nos veículos ligeiros para uso profissional como essenciais à retoma do sector, que de Janeiro a Março voltou a retrair-se.
«Apenas estas duas medidas poderiam contribuir para uma mudança no rumo do sector automóvel, não sendo suficiente a alteração isolada do IA porque a elevada e distorcida fiscalidade automóvel nacional não justifica tudo no mercado, já que também os veículos comerciais têm vindo a registar quebra», refere a ARAN em comunicado.
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Para uma melhoria do cenário para o sector, a ARAN considera «muito importante" que o grupo de trabalho criado pelo Governo proponha uma fórmula "mais justa de cálculo» do IA.
De acordo com a associação, a tutela deverá assim aceitar a sugestão de alargamento da possibilidade de dedução do IVA no caso de uso profissional aos automóveis de passageiros, juntando-se este segmento ao dos comerciais ligeiros.
«Esta proposta da ARAN justifica-se no facto de, cada vez mais, as viaturas de passageiros serem utilizadas pelas empresas e tem como principal objectivo o aumento da competitividade da economia portuguesa, em particular para o sector automóvel», conclui.
As vendas de veículos novos em Portugal baixaram 2% no primeiro trimestre de 2006 e 0,5% no mês de Março.
Nos três primeiros meses de 2006, as vendas de automóveis ligeiros novos baixaram 2,2%, com queda 2,4% nos ligeiros de passageiros e redução de 1,7% nos comerciais ligeiros.
Em Março, as vendas de ligeiros de passageiros caíram 1,3%, mas as de comerciais foram «menos mal», com um acréscimo de 0,9% nos ligeiros e um aumento de 14,7% nos pesados, refere a ARAN.
A única classe que regista um «balanço positivo», de acordo com a associação, é a dos pesados, que apresentou em Março um crescimento homólogo de 14,7%.
Em termos trimestrais foram vendidos 1518 veículos pesados, o que representa uma subida de 9,2% relativamente a igual período do ano anterior.
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