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Rui Pêgo quer rádios da RDP a apostar em serviços multimédia

As três antenas de rádio pública têm pela primeira vez uma direcção e uma gestão integrada, com um longo caminho a percorrer na criação de uma identidade própria para cada estação e no reconhecimento e visibilidade da RDP, mas tudo com um orçamento limitado. Três meses depois de assumir a direcção de programas da RDP, Rui Pêgo, em entrevista à Agencia Financeira, passa em revista algumas das suas opções estratégicas e fala dos temas que estão na ordem do dia no sector, público e privado.

Os serviços multimédia são um dos caminhos de maior aproximação e interactividade ao público-alvo das rádios do sector público. Nos canais RDP, «os serviços multimédia são algo que tem que ser visto com atenção», explica Rui Pêgo, para quem o grupo «tem outras missões que não são só produzir receita extraordinária».

Porém, o director confessa que este tipo de serviço será «indiscutível e indubitavelmente um caminho complementar da rádio e que a rádio vai ter que utilizar com maior frequência, até porque nós caminhamos, claramente, para a integração dos meios». A RDP vai acompanhar a tendência do futuro, que é «a união, de uma forma muito mais disseminada, no mesmo terminal, do computador, rádio, televisão, Internet».

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Deixando para trás a direcção de programação da Rádio Renascença para encarar o desafio de, pela primeira vez, trabalhar no serviço público, Rui Pêgo considera que as diferenças em entre as empresas privadas e o sector do Estado são mais que muitas. «São diferenças ao nível da dimensão e, sobretudo, organização e gestão». Contudo, estas são diferenças «que não são visíveis no dia-a-dia. Ambos os sectores têm vantagens, mas não é possível viver no melhor dos dois mundos».

O director de programas começou por reestruturar a direcção das três rádios do grupo, com a nomeação de novos responsáveis e a criação de um núcleo de coordenação. Mas, as mudanças delineadas não ficam por aqui. Entre os desafios da rádio pública, nos próximos tempos, está a digitalização e novas plataformas de produção e difusão.

RDP desenvolve novas plataformas tecnológicas com orçamento limitado

A RDP «não pode ficar à margem dos novos desenvolvimentos tecnológicos», na opinião do director de programas, Rui Pêgo. A RDP tem em discussão interna e em fase de estudo «a utilização das novas tecnologias, com vista ao desenvolvimento de novas plataformas de produção e difusão», revelou o director de programas.

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A digitalização está na ordem do dia, «cada vez com mais veemência», daí que o «conjunto de desenvolvimentos ao nível dos conteúdos vai permitir uma outra atitude no que se refere à programação», justificou o mesmo responsável.

Para uma gestão integrada, a RDP disponibilizou um orçamento transversal. Isto é, cada Antena, 1, 2 e 3, tem um orçamento diferenciado, mas «havendo uma direcção única e integrada, a dificuldade recai na forma como se gere cada orçamento».

Rui Pêgo confessa que «o orçamento é limitado», acrescentando que «nunca nenhum director está contente com os montantes disponíveis», escusando-se a revelar números.

Porém, conclui afirmando que com «o meu actual orçamento é possível dirigir três canais e é possível construir canais que têm, obrigatoriamente, de ser de referência no panorama nacional».

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