Os pilotos da TAP vão fazer uma nova greve no final deste mês. A paralisação, que se destina a exigir aumentos salariais, vai durar seis dias. A decisão foi tomada depois da Assembleia de Empresa do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), realizada na quarta-feira.
«Face ao impasse a que chegaram as negociações do Acordo de Empresa, os Pilotos vão adoptar vigorosas medidas de sensibilização da Administração da TAP para que esta assuma uma postura construtiva e responsável nas negociações», refere o sindicato em comunicado.
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Os pilotos mandataram a direcção do SPAC para elaborar e divulgar um pré-aviso de greve que abrange os dias 26 a 31 de Março.
Recorde-se que os pilotos tentam negociar, além dos termos do Acordo de Empresa, aumentos salariais superiores aos propostos pela administração da companhia aérea e que são de 1,8%.
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Na moção aprovada, os pilotos acusam a TAP de «esvaziar o conteúdo do processo negocial» e de os tentar «intimidar» através dos processos-crime que decidiu instaurar à direcção do Sindicato.
Os pilotos repudiam ainda as declarações do presidente da transportadora sobre o direito à greve. Fernando Pinto disse, em entrevista à Lusa, que «a greve é uma coisa do século passado».
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Pilotos sentem-se «desvalorizados»
Para o sindicato, o impasse nas negociações deve-se ao facto de a Administração da TAP ter desvalorizado os contributos dos pilotos para a redução dos custos operacionais, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do serviço prestado aos clientes.
Os pilotos decidiram por isso «rejeitar a proposta da Administração relativa à compensação pelos ganhos de produtividade dos Pilotos, por ser objectivamente insuficiente, desequilibrada e discriminatória dos Pilotos da TAP, face aos demais trabalhadores».
Num sinal de solidariedade para com a Madeira, os pilotos decidiram que vão assegurar todos os voos planeados para aquela Região Autónoma durante este período de 6 dias de greve.
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