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Saldos: aproveite as boas oportunidades

Os saldos estão aí e, em muitos casos, trazem verdadeiros negócios da China. Mas há também muitas «armadilhas». Fique atento para não cair nas tentações erradas.

Especialmente quando o dinheiro não é muito, e é preciso recorrer ao cartão de crédito e outras soluções do género, convém ter alguns cuidados. Para ajudar, a DECO listou alguns conselhos.

O recurso ao endividamento deve ser a última coisa em que pensar, a última opção. Se está mesmo a precisar de ir às compras e não quer mesmo perder esta época de saldos, mas não tem dinheiro, pode utilizar cartão de crédito, no período de crédito gratuito, que varia entre os 20 e 50 dias, e amortizar a dívida nesse período. Assim poupa o dinheiro dos juros e não se endivida muito mais. Se não o conseguir fazer neste período existem duas soluções: pode recorrer ao saldo da conta-ordenado, ou usar o cartão de crédito, pagando a dívida em várias prestações. Segundo a DECO, as taxas de juro dos cartões de crédito variam entre os 20 e os 30%, já os juros das contas ordenado rondam os 16%.

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Outra solução passa por recorrer ao crédito pessoal nos balcões dos bancos. Mas esta é uma opção a que só deve recorrer depois de esgotadas as outras alternativas. Por exemplo, para um empréstimo de cinco mil euros, a pagar em 24 meses, os bancos cobram taxas que variam entre os 9,7% e os 16,59%. O problema é que o crédito pessoal só compensa a partir de montantes elevados, ou seja, para valores acima dos três mil euros. É que o crédito pessoal tem custos elevados devido aos seguros e à formalização de pedido. São custos fixos que só se diluem na prestação quando estão em causa montantes elevados.

Em relação às facilidades de financiamento prestadas pelas próprias lojas, embora tudo possa parecer muito fácil, saiba que até a DECO diz ter tido dificuldades em fazer uma análise. Cada estabelecimento impõe as suas próprias condições, mas no geral as taxas de juro são bastante elevadas, os custos de contratação elevados, existem cláusulas abusivas nos contratos e nem sempre a informação prestada pelos funcionários é a mais completa ou rigorosa.

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Outra opção a evitar a todo o custo é o recurso ao chamado crédito instantâneo, devido às suas taxas extremamente penalizadoras, com encargos entre os 20 e os 40% ao ano.

Independentemente da forma de financiamento escolhida, tem que se ter em conta a utilização da Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG) para comparar os vários créditos e ver qual deles é o mais barato, tentar apurar quais são os custos anexos ao crédito e ler com toda a atenção os contratos apresentados pelas instituições.

Não se deixe enganar

Em época de saldos, o impulso consumista está mais aguçado. Por isso mesmo, é preciso ter cuidados redobrados para não cair nas tentações erradas e não se deixar enganar, comprando gato por lebre.

A DECO lembra alguns conselhos que são sempre úteis nesta altura do ano, para que os consumidores não abram mão dos seus direitos. Antes de mais, quando se compra um artigo «em saldos», deve sempre comparar-se o preço actual, com o desconto, com o anterior. Isto porque muitas vezes os comerciantes decoram as montras e expositores com cartazes de saldos mas mantêm os preços exactamente iguais.

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A associação lembra que os consumidores devem poder comparar o preço novo com o antigo, o que não exige que estes estejam afixados. «Pode-se fixar, apenas, a percentagem de redução», refere, na revista «PROTESTE».

Os comerciantes são ainda obrigados a trocar qualquer produto com defeito. Caso queiram colocar à venda esses bens devem avisar previamente os compradores através de letreiros a indicar que as peças são defeituosas.

Para poder reclamar em caso de anomalia é imperativo que guarde os recibos e, quando perceber que os seus direitos não estão a ser respeitados, a DECO aconselha a contactar a Inspecção-geral das Actividades Económicas (IGAE).

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