O plano de salvação do Banco Privado Português (BPP) é uma boa notícia para o sistema bancário e também para os portugueses, defende o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, em declarações à «Renascença».
João Salgueiro considera que o esquema aprovado pelo Estado, com o apoio de seis bancos, foi prudente. Os seis bancos em causa (Millennium BCP, BES, BPI, CGD, Santander Totta e Caixa Agrícola) vão conceder ao BPP um empréstimo de 450 milhões de euros, tendo como contrapartida o penhor de activos do Banco Privado Português, no valor de 672 milhões de euros.
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«A importância maior que tem é porque mais um banco em dificuldades em Portugal (e era o segundo por razões completamente diferentes (poderia dar aos portugueses a ideia que, afinal, há vários bancos que estão em dificuldade. Houve muito cuidado da parte do Governo e do Banco de Portugal, e os bancos que foram chamados a isso colaboraram bem, para se encontrar uma solução para que o Banco não entrasse em colapso», afirma.
A oposição foi unânime na crítica ao plano e João Salgueiro lamenta a guerra política à volta do sector da banca.
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos acusa a oposição de estar a adoptar uma estratégia populista e não poupa também o Governo, por em alguns momentos ter enveredado pelo mesmo caminho.
«Os portugueses não entendem a importância que o sistema financeiro tem e só isso é que permitiu que, durante os últimos três anos, houvesse uma campanha a propósito dos excessivos lucros da banca e das empresas financeiras, que não tem fundamento nenhum», sublinha João Salgueiro.
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