O presidente do Conselho de Administração do Montepio Geral, José da Silva Lopes, acaba de renunciar ao cargo.
A renúncia, com efeito a partir de 1 de Maio foi anunciada aos colaboradores do banco numa missiva enviada pelo responsável.
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«Comunico aos associados e aos colaboradores do Montepio e das empresas associadas que tomei a decisão de renunciar às funções de Presidente do Conselho de Administração do Montepio Geral Associação Mutualista e da sua Caixa Económica, com efeitos a contar do próximo dia 1 de Maio», pode ler-se no documento.
Idade e longa carreira ditaram a decisão
«Tomei esta decisão por razões de idade. A minha carreira profissional foi iniciada há 54 anos e sinto-me privilegiado por ela ter podido ser tão longa. Mas, à medida que o tempo passa, vai-se avolumando o meu receio de que o dinamismo da minha actuação esteja a ficar aquém do que é de exigir num cargo de tanta responsabilidade como o que tenho vindo a desempenhar à frente da Administração do Montepio», diz Silva Lopes no documento, publicado no site do banco.
Silva Lopes assegura que não sofreu quaisquer pressões para abandonar a liderança do Montepio Geral e da Caixa Económica. «Considero-me afortunado por nunca ter sentido quaisquer pressões para que saia. Inclusivamente, foram-me comunicadas algumas opiniões de que deveria continuar por mais algum tempo», acrescenta.
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Em jeito de balanço, Silva Lopes lembra que «durante o período de pouco mais de quatro anos em que trabalhei no Montepio, muitas coisas mudaram. O mérito das melhorias que se conseguiram cabe, sem dúvida, sobretudo àqueles com quem colaborei e que tanto me ajudaram: os meus colegas do Conselho de Administração, os membros dos outros órgãos sociais, e a maioria dos dirigentes, quadros técnicos e colaboradores, não só do Montepio e da sua Caixa Económica, mas também das empresas associadas. Mas, a par de melhorias, também terá havido alterações que podem não ter sido as mais adequadas, ou que poderiam ter sido introduzidas e não o foram. É claro que, nestes últimos casos, a primeira responsabilidade é a mim que tem de ser atribuída».
Futuro do Montepio será difícil
Silva Lopes prevê um futuro sem facilidades para a instituição e, por isso mesmo, alerta os colaboradores: «O futuro da nossa Instituição não vai ser mais fácil do que o passado. É mesmo provável que venha a ser mais difícil. Por isso, os que trabalham no Montepio e os associados deverão encarar a mudança constante, e por vezes até radical, como condição de sobrevivência e sucesso da nossa Associação. Estou certo de que isso acontecerá. Tenho confiança de que o Montepio contará com o apoio dos seus associados, com a capacidade dos seus dirigentes e com a qualidade e empenho dos seus colaboradores para enfrentar com êxito os problemas e desafios que inevitavelmente surgirão».
O ainda presidente do banco termina agradecendo, na mesma carta, o apoio a todos os que o auxiliaram na execução das tarefas.
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