A iniciativa é da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) que disponibiliza este instrumento na sua página da Internet. O principal objectivo é, assim, permitir a cada consumidor estimar o valor da potência a contratar com o seu distribuidor de energia eléctrica mediante o conhecimento dos seus principais equipamentos de utilização de energia eléctrica e a sua utilização habitual.
Mas porque é assim tão importante calcular a melhor potência a contratar? É simples, esta representa em média cerca de 10% da factura mensal dos consumidores domésticos. Já os termos que não dependem do consumo mensal representam 10 a 20% da factura. Há três formas de cortar nos seus gastos: reduzindo os seus consumos (aparelhos mais eficientes, hábitos mais racionais), escolhendo o seu fornecedor de energia eléctrica ou ainda adoptando um escalão de potência contratada adequado. Desta forma, nalguns casos, com o mesmo consumo anual, é possível poupar 23% (ou cerca de 6,6 euros) da factura se optar por um escalão de potência contratada inferior.
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De referir que, para os clientes em Baixa Tensão Normal (BTN) ou domésticos, a potência contratada é definida por escalões e as instalações possuem um dispositivo de controlo de potência. Esse equipamento limita o consumo instantâneo da instalação ao valor máximo definido pela potência contratada.
A potência a contratar por cada consumidor deve permitir uma utilização normal dos seus equipamentos eléctricos, mas a ERSE recomenda, uma vez que corresponde ao pagamento de um termo fixo na tarifa de energia eléctrica, que não deve ser escolhido um valor demasiado elevado. A escolha de valores de potência contratada superiores às necessidades dos consumidores conduz ao pagamento de uma factura mais elevada.
A escolha dos equipamentos eléctricos e das respectivas características é assistida pelo simulador sendo sugeridos valores padrão para a potência máxima de cada tipo de equipamento. Todavia, cada consumidor poderá alterar os valores sugeridos caso conheça com pormenor as características eléctricas dos equipamentos que possui.
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Na definição dos cenários de utilização, o consumidor deve ter em mente quais os equipamentos que pretender poder ligar simultaneamente, pensando em particular em momentos típicos de utilização (as manhãs, as horas das refeições, o serão, ou outros cenários). Por exemplo, é pouco provável que o consumidor pretenda ligar simultaneamente uma ventoinha e um aquecimento de irradiação a óleo na mesma divisão.
Em face dos resultados, o consumidor deve comparar o valor obtido com a sua potência contratada actual e, caso o deseje, comunicar ao seu distribuidor que pretende alterar o valor de potência contratada. Refira-se que essa alteração não tem quaisquer custos.
A ERSE responde ainda a algumas perguntas.
O que é a potência contratada?
A potência contratada é o valor máximo do consumo instantâneo que é permitido a uma instalação.
Como é limitado o consumo?
Em cada instalação existe um interruptor diferencial, selado pelo operador de rede de distribuição, que corta o fornecimento se o consumo ultrapassar o valor contratado.
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Porquê limitar o consumo instantâneo?
O consumo instantâneo deve ser limitado por razões de segurança da própria instalação eléctrica.
Porque é que o preço fixo depende da potência contratada?
O consumo instantâneo máximo que uma instalação pode receber condiciona a rede de distribuição de energia eléctrica junto à instalação, a qual deve ser construída atendendo às necessidades dos vários consumidores que abastece. Maior potência contratada numa instalação obriga a maiores investimentos pelo distribuidor nesses troços de rede periféricos (transformadores, cabos e outros equipamentos).
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