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Sonae terá de sacrificar 32 mil m2 para comprar Carrefour

Ainda não há compradores

A Autoridade da Concorrência (AdC) não se opõe à compra do Carrefour pela Sonae Distribuição mas impõe remédios. E de acordo com o presidente da empresa, Nuno Jordão, os remédios propostos representam um sacrifício global de 32 mil m2 de área de vendas.

Deste total, explicou o presidente executivo da Sonae Distribuição em conferência de imprensa, 15 mil m2 serão alvo de alienação a concorrentes e 17 mil m2 serão alvo de redução de área de venda alimentar (em funcionamento ou licenciada).

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Contas feitas, terá de haver alienações em Viana do Castelo, onde terão de vender um projecto de hipermercado Carrefour com uma área de 600 mil m2, já autorizado, a um concorrente. Para além disso, a Sonae compromete-se a não fazer uso da autorização de instalação, nos próximos cinco anos, se não houver interessados na compra do projecto.

Ainda neste local, a Sonae não vai solicitar nenhuma nova licença para instalação de lojas alimentares no ano seguinte ao da decisão da AdC.

Em Paços de Ferreira e Penafiel, vão reduzir a área de vendas (em funcionamento ou com instalação autorizada) para a actividade de retalho alimentar, num total de 2 mil m2. Não vão solicitar nenhuma nova licença para a instalação de lojas alimentares, nem sequer para a modificação de lojas existentes, no ano a seguir ao da decisão da AdC.

No Grande Porto, vão reduzir a área de vendas num total de 8.600 m2, o que implicará a diminuição da área do hipermercado para o centro do Porto em pelo menos 1.500 m2, e mais 2 mil m2 no supermercado Modelo em funcionamento em Valongo, que será transformado em MaxMat.

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Em Coimbra, comprometem-se a alienar ou o actual Continente de Coimbra, ou o actual Carrefour de Coimbra, ou o Modelo de Coimbra, além de uma unidade alimentar em Condeixa.

Aqui, a Sonae vai conceder aos eventuais compradores do Modelo de Coimbra e do projecto de Condeixa uma opção para ocupar uma área de vendas de mil m2 para cada unidade. Não vão solicitar novas licenças no ano a seguir ao da decisão da AdC.

Na Margem Sul do Tejo, comprometem-se a limitar o crescimento no mercado local durante os três anos após a decisão da AdC, estando a Sonae Distribuição impedida, nesse período, de aumentar a sua área de vendas de estabelecimentos de comércio alimentar ou misto em mais de 14 mil m2. Não solicitam também novas licenças no ano seguinte à decisão do regulador.

Em Portimão, alienam uma unidade: ou o Continente de Portimão ou o Carrefour de Portimão ou o Modelo de Lagoa. O comprador deste último terá a opção para ocupar uma área de vendas de mil m2. Não solicitam novas licenças no ano a seguir à decisão da AdC.

Para já, a Sonae Distribuição ainda não tem comprador para as unidades a alienar, mas o presidente considera que «os activos são atractivos, de qualidade, e o normal é que tenhamos mais do que um ou dois interessados».

Sem prazos para fazer as alienações, a Sonae promete que vai procurar ser expedita e fazer a venda «no mais breve espaço de tempo».

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