De acordo com a última análise do Banif, a subsequente crise de liquidez tem-se abatido gradualmente, mas ainda deve deixar caminho para os negócios. «Acreditamos que os impactos de longo prazo da crise, notavelmente na dinâmica das margens e ritmo de crescimento dos activos, serão visíveis a partir do quarto trimestre», afirma Carla Rebelo.
Quanto ao terceiro trimestre, que os bancos (BES e BPI) vão divulgar na próxima quinta-feira dia 25 de Outubro, a analista considera que o impacto se reflicta «mais nos ganhos de transacção-claramente uma caixa negra neste trimestre-e, menos intenso, noutros proveitos».
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É por esta situação que o Banif diz que o 3º trimestre «pode ser o pior do ano, com significantes perdas face aos anteriores».
BES com potencial de valorização de 22%
«Para além disso, não esperamos mudanças materiais nas tendências observadas nos anteriores trimestres, particularmente no forte empréstimo e margem de crescimento, mas também algum deslize dos custos. Tendo dito isto, vamos ser muito mais cuidadosos com os números e, mais importante, comentários sobre a gestão (..)».
No caso do BPI, os analistas decidiram esperar pelos resultados para fechar as suas estimativas e recomendação. Quanto ao BES, apesar de considerarem serem necessárias algumas revisões, os analistas dizem que «é preciso ter em conta que, se os rumores que sugerem uma fusão BCP/BPI verdadeiros, seria aberta uma janela de oportunidades para o BES de rapidamente aumentar a sua quota de mercado».
Desta forma, o Banif recomenda comprar» para as acções do BES, com um preço alvo de 19,80 euros e um potencial de valorização de 22% face ao actual valor de 16,31 euros.
As acções do BES sobem 0,12% para os 16,31 euros e as do BPI seguem, neste momento, a subir 0,63% para os 6,42 euros.
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