«Estima-se que 5% da população chinesa (65 milhões num total de 1.300 milhões) detenha um poder de compra elevado e procure frequentemente produtos ocidentais», refere em comunicado a Associação dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS).
Atentas a esta «realidade emergente», a APICCAPS e o ICEP Portugal, com o apoio do Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), realizam duas «acções cirúrgicas» na China.
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Assim, depois de ter participado, em Abril, na feira China Shoes, a APICCAPS promove agora, entre os dias 27 de Agosto e 8 de Setembro, uma missão empresarial aquele país, com a presença de 25 empresas portuguesas de calçado.
Segundo a associação, «a manutenção competitiva da indústria do calçado impõe o desenvolvimento articulado de um conjunto de linhas estratégicas, de entre as quais se destaca o aprovisionamento e a subcontratação no exterior».
Esta missão empresarial visa, desta forma, um conhecimento mais pormenorizado daquele que é o principal produtor de calçado à escala mundial.
Pretende-se ainda encontrar formas alternativas que proporcionem condições «mais favoráveis» de qualidade e preço, que poderão passar pela aquisição de matérias-primas, parte de calçado ou calçado completo, mantendo em Portugal os centros de decisão, as competências mais relevantes como a criação, o desenvolvimento e a produção das gamas mais altas, refere.
Após esta acção, entre os dias 7 e 9 de Setembro, 10 empresas de calçado portuguesas irão participar na China Internacional Footwear Fair, que decorrerá em Xangai.
Ambas as iniciativas desenvolvem-se no âmbito de uma grande ofensiva que o calçado português está a desenvolver e que prevê abordar 15 mercados distintos.
No total, o sector do calçado, que se perfila actualmente como o terceiro exportador europeu e o sétimo a nível mundial, investirá 10 milhões de euros em promoção externa este ano.
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