O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou o apelo do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, de contenção nos aumentos salariais no sector privado de «inconveniente».
Em declarações à Agência Financeira, o responsável de uma das grandes centrais sindicais do País não se mostrou surpreendido pelas declarações proferidas pelo tutelar da pasta das Finanças, perante a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças. Na segunda-feira, Fernando Teixeira dos Santos disse que «a margem de manobra para aumentar os salários da função pública é muito estreita. Vai haver aumentos mas não muito significativos. (¿) E se isto puder ser entendido como um sinal de contenção salarial para o sector privado, então que seja».
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Sobre esta transposição da contenção salarial do sector público para o privado, João Proença disse, à margem da apresentação do Relatório da Competitividade 2005 que «é natural, na situação económica que o País atravessa, que o ministro faça este apelo. Na função pública, o Governo está limitado pela questão orçamental, mas no sector privado, os empresários estão limitados pela inflação e pela competitividade. Com base nestes dois factores, consideramos que existem condições para aumentos médios de 3,5%, que foi a nossa proposta. O que o ministro fez foi introduzir um novo factor, um apelo à contenção a nível nacional, o que nos parece pouco conveniente».
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