Já fez LIKE no TVI Notícias?

Vitor Constâncio «está sempre a pensar nos portugueses»

Qualidade dos políticos caiu muito nos últimos anos

Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças do Governo de José Sócrates, declara-se um admirador de Vitor Constâncio. «Admiro o seu patriotismo, é uma pessoa que está sempre a pensar nos portugueses e é uma figura com grande prestígio internacional», diz em entrevista ao «Correio da Manhã».

O professor defende ainda Constâncio na sua actuação enquanto supervisor bancário nos casos do BCP e BPN. «Não há País nenhum da Europa em que casos destes, nos últimos meses, não tenham acontecido. Nenhum. E a reacção dos portugueses foi voltar-se contra o bombeiro ou contra o polícia em vez de se voltar contra o ladrão. E isso é único», diz.

PUB

TGV não

Governo escondeu a verdade

Campos e Cunha aponta aqui o dedo aos políticos e à comunicação social. Diz que «estamos a viver uma situação do ponto de vista político muito complicada. Porque se olhar à sua volta e se comparar a classe política hoje, de todos os partidos, com o que era há quinze ou vinte anos atrás, há uma degradação da qualidade dos gestores da coisa pública. Há evidentemente honrosas excepções, mas em média a qualidade das pessoas que estão na política decaiu muito nos últimos anos», denota. «Isto é gravíssimo. São pessoas que estão a gerir metade do que nós ganhamos, grosso modo. Metade do que nós ganhamos é gerido pelo Estado», sublinha.

Por outro lado, diz, a Comunicação Social está «muito dominada por sensacionalismos, leva a uma má qualidade da classe política, em média, e isto leva a uma situação explosiva».

PUB

Vitor Constâncio é incómodo

Para Campos e Cunha, Vitor Constâncio é vítima da sua própria integridade. «O sistema odeia pessoas íntegras, honestas e capazes. E portanto é preciso acabar com elas. E é isso que nós estamos a assistir. O caso do doutor Vítor Constâncio, é o caso do doutor Manuel Sebastião (presidente da Autoridade da Concorrência), por exemplo, é preciso acabar com estas pessoas dentro do regime. Estas pessoas são incómodas e portanto a melhor maneira é atirar lama para cima delas. De uma maneira ou de outra. E eu estou a assistir a isto com muita preocupação. Já não são propriamente cargos de nomeação política, mas são pessoas que estão ao serviço da causa pública», refere.

«É importante as pessoas perceberem que é preciso termos os melhores na gestão da coisa pública e para isso não se podem atacá-los por coisas acessórias e muitas vezes histórias mal contadas», sublinha.

PUB

Últimas